A Bernard-Henry Lévy, em Este vírus que nos enlouquece (Guerra e Paz, 2020), um ensaio-denúncia, não lhe doem as mãos, o sarcasmo e o azedume contra os que vê como vendilhões do templo: os que abdicaram da política e a transformaram em um monolítico, redutor e perigoso poder médico-científico; os que antropomorfizaram a natureza, fazendo-a concordar com a sua agenda ideológica e/ou apocalíptica; os que se deleitaram, narcisicamente, com a pandemia; os que recuaram para a “vida nua”, sem grandeza nem sentido, obliterando todo um edifício filosófico-civilizacional que recordava o outro como parceiro sem o qual a vida falha.
JORNAL I
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