Tudo tem sido mau demais para ser verdade


Um desastre total, é desta forma que pode resumir-se o comportamento do Governo no combate ao coronavírus. Dizem-no os médicos e não só. Foi preciso o problema agravar-se para tomar medidas drásticas. Mas nem mesmo nesta decisão há qualquer coerência, bastando olhar para a medida de encerrar as escolas a partir de segunda-feira. 


Porquê esperar por segunda-feira e não determinar o encerramento a partir de hoje, sexta-feira? E o que dizer dos conselhos do Conselho Nacional de Saúde? Se o assunto não fosse tão grave, daria vontade de rir, mas o caso não é para brincadeiras.

Até pode admitir-se que a realidade do país não é toda a mesma: na região do Porto a situação não é idêntica, seguramente, à do Alentejo. Mas que raio, hoje com as deslocações das pessoas de terra em terra é natural que alguém acabe por infetar quem não está.

Mas se há hospitais onde não existem equipamentos para testar os profissionais de saúde que estiveram em contacto com pessoas infetadas com o Covid-19 o que poderemos esperar? O caos? Infelizmente, parece que sim. Por que razão o Governo não ouviu os médicos que pediram a efetivação de determinados hospitais só para casos ligados ao coronavírus? Por que razão o Governo não começou a “fiscalizar” todas as pessoas que chegaram ao país vindo de outros onde o Covid-19 tem feito estragos nas populações? Será que os Governos da China, dos Estados Unidos, da Austrália e agora da Itália – bem tarde, é certo – serão uns aliens por terem decidido fechar as suas fronteiras ou colocarem de quarentena todos os que chegavam de locais suspeitos?

Os políticos, e não são só os do Governo, mostraram estar muito pouco preparados para enfrentar esta pandemia. Ninguém quis ser incómodo, ninguém quis gritar que o rei vai nu, e agora vamos tentar remediar o mal que fizemos. Veja-se o que disseram tantos médicos: “Perdeu-se demasiado tempo”. Esperemos pois que não tenhamos que chegar ao caso italiano, onde os médicos têm de decidir quem vai sobreviver e quem vai morrer. É que Portugal tem uma população muito envelhecida e com muitos diabéticos, as principais vítimas do coronavírus. Tudo tem sido mau demais.


Tudo tem sido mau demais para ser verdade


Um desastre total, é desta forma que pode resumir-se o comportamento do Governo no combate ao coronavírus. Dizem-no os médicos e não só. Foi preciso o problema agravar-se para tomar medidas drásticas. Mas nem mesmo nesta decisão há qualquer coerência, bastando olhar para a medida de encerrar as escolas a partir de segunda-feira. 


Porquê esperar por segunda-feira e não determinar o encerramento a partir de hoje, sexta-feira? E o que dizer dos conselhos do Conselho Nacional de Saúde? Se o assunto não fosse tão grave, daria vontade de rir, mas o caso não é para brincadeiras.

Até pode admitir-se que a realidade do país não é toda a mesma: na região do Porto a situação não é idêntica, seguramente, à do Alentejo. Mas que raio, hoje com as deslocações das pessoas de terra em terra é natural que alguém acabe por infetar quem não está.

Mas se há hospitais onde não existem equipamentos para testar os profissionais de saúde que estiveram em contacto com pessoas infetadas com o Covid-19 o que poderemos esperar? O caos? Infelizmente, parece que sim. Por que razão o Governo não ouviu os médicos que pediram a efetivação de determinados hospitais só para casos ligados ao coronavírus? Por que razão o Governo não começou a “fiscalizar” todas as pessoas que chegaram ao país vindo de outros onde o Covid-19 tem feito estragos nas populações? Será que os Governos da China, dos Estados Unidos, da Austrália e agora da Itália – bem tarde, é certo – serão uns aliens por terem decidido fechar as suas fronteiras ou colocarem de quarentena todos os que chegavam de locais suspeitos?

Os políticos, e não são só os do Governo, mostraram estar muito pouco preparados para enfrentar esta pandemia. Ninguém quis ser incómodo, ninguém quis gritar que o rei vai nu, e agora vamos tentar remediar o mal que fizemos. Veja-se o que disseram tantos médicos: “Perdeu-se demasiado tempo”. Esperemos pois que não tenhamos que chegar ao caso italiano, onde os médicos têm de decidir quem vai sobreviver e quem vai morrer. É que Portugal tem uma população muito envelhecida e com muitos diabéticos, as principais vítimas do coronavírus. Tudo tem sido mau demais.