Filosofia Kaizen. A nova fórmula de sucesso das empresas


De origem japonesa, a palavra “Kaizen” significa “mudar para melhor” e está relacionada com a gestão da qualidade nas empresas. Foi com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial – quando muitas empresas tiveram de começar do zero – que se iniciou “o esforço de melhoria Kaizen”, refere o guru Masaaki Imai. Baseada na…


De origem japonesa, a palavra “Kaizen” significa “mudar para melhor” e está relacionada com a gestão da qualidade nas empresas. Foi com a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial – quando muitas empresas tiveram de começar do zero – que se iniciou “o esforço de melhoria Kaizen”, refere o guru Masaaki Imai.

Baseada na lógica de oferecer melhores produtos a preços menores, esta filosofia “consiste em identificar e eliminar os vários tipos de desperdício que não acrescentam valor aos clientes e aumentam os custos”, esclarece aquele ao i.

Para Filipe Garcia, economista da IMF, “embora o investimento financeiro nas empresas seja importante, em contexto de crise é fundamental a aposta em filosofias que se constituem como formas alternativas de as empresas serem competitivas”.

Não só a nível interno, estimulando o desempenho dos funcionários, mas também no mercado empresarial. “As melhores estão concentradas na melhoria contínua dos seus processos e das suas pessoas, e por isso são as que ganham os campeonatos”, destaca Masaaki Imai.

Tanto para Imai como para Filipe Garcia está relacionado com os comportamentos. Por isso o guru diz que “é o esforço do colectivo que deixa a empresa mais forte e competitiva”, sobretudo no actual contexto de crise. Apesar de o trabalho ser colectivo, a iniciativa deve partir “dos gestores de topo”, defende.

Já para Filipe Garcia é o empenho dos funcionários que define o sucesso deste tipo de filosofias. “Obviamente que é a liderança da empresa que tem de fomentar a melhoria contínua e de estar atenta às necessidades dos funcionários, mas as pessoas também têm de ser pró-activas. As iniciativas não devem partir apenas das chefias”, sublinha.

Para o responsável, “as empresas devem criar mecanismos de reacção ao mercado em que se inserem. Perceber quais são os indutores de valor, que tarefas são produtivas e quais são os clientes. O diagnóstico é essencial, é importante experimentar”.

Se seguirem esta fórmula, as empresas alcançam o sucesso e os resultados aparecem “ao fim de três a seis meses”, afirma Imai.

OS NÚMEROS Criado em 1985 na Suíça, o Kaizen Institute está em Portugal desde 1999, além de estar representado em mais de 30 países. Em 2011, o Kaizen Institute Portugal teve um crescimento de 20% em relação a 2010, o que se traduziu num volume de negócios de 4,8 milhões de euros.