O meu nome é quatro


Imaginemos um K, de Francisco, porque na liberdade dos nomes desenhamos as letras à nossa maneira, ou usemos um F para escrevermos Kiko, e teremos então uma receita que, parecendo enigmática, é apenas e afinal o caminho para um dos vários nomes que poderemos e deveremos seguir com o mesmo carinho e atenção que mereceu…


E em se tratando de alguém nascido ao dia quatro, do mês quatro, no ano de dois mil e quatro, inspirará um Clube de Fãs que se batiza como Quatro Power, criando o hábito de acompanhar e apoiar nas bancadas este novo candidato a voos rasantes por retas e curvas mil.

Do Porto, onde nasceu, a Barcarena, onde reside, distam 325 quilómetros.

Da European Talent Cup, um dos troféus que corre, ao MotoGP, onde espera chegar um dia, dista um sonho e muita luta.

Pegando nas palavras trazidas no “Next Level 44 curvas até ao MotoGP”, onde descobrimos passo a passo a caminhada do Falcão, iremos destapar a curiosidade de Kiko Maria ter então nascido no ano do cavalinho de Palmela, mais coisa menos coisa. E se nesse episódio nos é contado que MO, no arranque de uma prova, caiu de costas, se levantou de seguida e tratou de acabar a prova, pois nesse ano também o mundo escutou pela primeira vez o choro de um bebé chamado Francisco Maria, que haveria ainda de gatinhar, tropeçar, cair e levantar-se muitas vezes até ele mesmo experimentar a sensação de estar parado em cima de uma mota desejando ardentemente que cinco pares de luzinhas vermelhas se apagassem e a emoção da vida estivesse num acelerador de punho a fundo.

E nestas linhas onde vos trago o desafio de pesquisarem e anotarem na agenda os dias de provas e o trajeto vindouro de uma promessa mais da nossa velocidade, deixem-me contar-vos a sensação que colhi eu mesmo ao ter acedido ao paddock do Autódromo do Estoril para, pela primeira vez, tomar contacto com este mundo visto por dentro.

O dia era de chuva, assim se mediria desde logo a dificuldade extra e a intensidade da entrega de quem por ali fazia pela vida. De ventania também, e da boa.

Na zona reservada aos espetadores, alguém alternava o seu posto de observação entre a reta da meta e o lado oposto, que permitia ver algumas das curvas, ora olhando a pista ora embrenhando-se em informação chegada num smartphone. Calculei que seria familiar de um dos pilotos. E era, pois, o pai do mesmo Kiko Maria que me levara ali a fim de o apoiar nas bancadas, metade do tempo vendo o filho em cima da mota e no restante espreitando os cronos nos diferentes setores.

Assim de repente aprendi qualquer coisa, aprendi o nome de um pai mais, António, um pai motivador, aconselhador, treinador, sofredor, apoiador, orientador.

Resumindo, um esplendor.

No dia seguinte foi a minha vez de sofrer na bancada e, em duas corridas para a European Talent Cup, foi hora do KM4 batalhar em pista, consolidando uma aprendizagem feita de muita garra, muita crença.

E de querença também.

Ora, sendo querença, o ato de querer é também, coincidência boa, o lugar onde os falcões criam os filhos.

Neste caso, mais apropriado seria dizer onde um Falcão poderá ver nascer um sucessor que por estes dias vai batalhando em diversas frentes, senão vejamos: Campeonato de Espanha de Superbikes e CNV (Pre-Moto3) e European Talent Cup (Moto3).

No mesmo espírito exigido a estes meninos-rapazes grandes, para além da permanente entrega que competições deste nível exigem, no campo físico e na disponibilidade mental, o sucesso nos estudos é a condição para irem tendo autorização paterna para os passos seguintes. E, neste capítulo, não deixa de ser curiosidade digna de realce o facto de, para além de comunicar bem com retas a fundo e curvas de joelho no chão, o nosso KM4 poder passar informação fluente em seis línguas diferentes.

Nelas se incluindo o mandarim, pois nunca se sabe quando nas boxes surgirá um mecânico com os olhos em bico pela velocidade de informação do seu piloto.

Ah, pois é.


O meu nome é quatro


Imaginemos um K, de Francisco, porque na liberdade dos nomes desenhamos as letras à nossa maneira, ou usemos um F para escrevermos Kiko, e teremos então uma receita que, parecendo enigmática, é apenas e afinal o caminho para um dos vários nomes que poderemos e deveremos seguir com o mesmo carinho e atenção que mereceu…


E em se tratando de alguém nascido ao dia quatro, do mês quatro, no ano de dois mil e quatro, inspirará um Clube de Fãs que se batiza como Quatro Power, criando o hábito de acompanhar e apoiar nas bancadas este novo candidato a voos rasantes por retas e curvas mil.

Do Porto, onde nasceu, a Barcarena, onde reside, distam 325 quilómetros.

Da European Talent Cup, um dos troféus que corre, ao MotoGP, onde espera chegar um dia, dista um sonho e muita luta.

Pegando nas palavras trazidas no “Next Level 44 curvas até ao MotoGP”, onde descobrimos passo a passo a caminhada do Falcão, iremos destapar a curiosidade de Kiko Maria ter então nascido no ano do cavalinho de Palmela, mais coisa menos coisa. E se nesse episódio nos é contado que MO, no arranque de uma prova, caiu de costas, se levantou de seguida e tratou de acabar a prova, pois nesse ano também o mundo escutou pela primeira vez o choro de um bebé chamado Francisco Maria, que haveria ainda de gatinhar, tropeçar, cair e levantar-se muitas vezes até ele mesmo experimentar a sensação de estar parado em cima de uma mota desejando ardentemente que cinco pares de luzinhas vermelhas se apagassem e a emoção da vida estivesse num acelerador de punho a fundo.

E nestas linhas onde vos trago o desafio de pesquisarem e anotarem na agenda os dias de provas e o trajeto vindouro de uma promessa mais da nossa velocidade, deixem-me contar-vos a sensação que colhi eu mesmo ao ter acedido ao paddock do Autódromo do Estoril para, pela primeira vez, tomar contacto com este mundo visto por dentro.

O dia era de chuva, assim se mediria desde logo a dificuldade extra e a intensidade da entrega de quem por ali fazia pela vida. De ventania também, e da boa.

Na zona reservada aos espetadores, alguém alternava o seu posto de observação entre a reta da meta e o lado oposto, que permitia ver algumas das curvas, ora olhando a pista ora embrenhando-se em informação chegada num smartphone. Calculei que seria familiar de um dos pilotos. E era, pois, o pai do mesmo Kiko Maria que me levara ali a fim de o apoiar nas bancadas, metade do tempo vendo o filho em cima da mota e no restante espreitando os cronos nos diferentes setores.

Assim de repente aprendi qualquer coisa, aprendi o nome de um pai mais, António, um pai motivador, aconselhador, treinador, sofredor, apoiador, orientador.

Resumindo, um esplendor.

No dia seguinte foi a minha vez de sofrer na bancada e, em duas corridas para a European Talent Cup, foi hora do KM4 batalhar em pista, consolidando uma aprendizagem feita de muita garra, muita crença.

E de querença também.

Ora, sendo querença, o ato de querer é também, coincidência boa, o lugar onde os falcões criam os filhos.

Neste caso, mais apropriado seria dizer onde um Falcão poderá ver nascer um sucessor que por estes dias vai batalhando em diversas frentes, senão vejamos: Campeonato de Espanha de Superbikes e CNV (Pre-Moto3) e European Talent Cup (Moto3).

No mesmo espírito exigido a estes meninos-rapazes grandes, para além da permanente entrega que competições deste nível exigem, no campo físico e na disponibilidade mental, o sucesso nos estudos é a condição para irem tendo autorização paterna para os passos seguintes. E, neste capítulo, não deixa de ser curiosidade digna de realce o facto de, para além de comunicar bem com retas a fundo e curvas de joelho no chão, o nosso KM4 poder passar informação fluente em seis línguas diferentes.

Nelas se incluindo o mandarim, pois nunca se sabe quando nas boxes surgirá um mecânico com os olhos em bico pela velocidade de informação do seu piloto.

Ah, pois é.