Académica. A carga da cavalaria pesada não assustou os estudantes

Académica. A carga da cavalaria pesada não assustou os estudantes


Foi excelente a participação dos estudantes na Taça das Taças, eliminando o Kuopion da Finlândia e o Magdeburgo da RDA, atingindo os quartos-de-final.


A final da Taça de Portugal de 1969 teve um final triste para a Académica, derrotada por 1-2 frente ao Benfica e em pleno desenvolvimento da crise académica que assolou Coimbra e se espalhou ao resto do país, num claro movimento de oposição ao regime. Mas dessa derrota surgiu a oportunidade de os estudantes participarem na Taça dos Vencedores de Taças da época seguinte, já que o Benfica fora igualmente campeão nacional. Uma espécie de consolo…

Há que dizer que a carreira da Académica foi excelente. E não, não é exagero. Vou falar aqui dos quartos-de-final da prova, que os coimbrões atingiram, porque o adversário foi especial: o Manchester City, que acabaria por conquistar o troféu na final do Prater, em Viena, face ao Górnik Zabrze, da Polónia (2-1). Mas, até aí chegar, a Académica, num estilo que poderíamos considerar poupadinho, deixou pelo caminho o Kuopion Palloseura, da Finlândia, com 0-0 em casa e 1-0 fora, e o Magdeburgo, da Alemanha Democrática, com 0-1 fora e 2-0 em Coimbra, golos de Carlos Alhinho e Mário Campos, este já aos 85 minutos. O golo da eliminatória contra os finlandeses tinha sido apontado por Nene. E assim, com um total de 3-1, caía em sorte aos da Briosa a mais forte equipa em prova. Mas que diabo: ter a oportunidade de jogar em Inglaterra com o vencedor da lendária FA Cup e que tinha sido campeão dois anos antes era, como diria o grande Assis Pacheco, autenticamente do quilé!

Leia o artigo completo na edição impressa do jornal i. Agora também pode receber o jornal em casa ou subscrever a nossa assinatura digital.