Casas. Preços caem em Lisboa, mas aumentam no país

Casas. Preços caem em Lisboa, mas aumentam no país


Os preços das casas diminuíram 1,8% em Lisboa no terceiro trimestre de 2021, revelou o INE. 


Os preços das casas diminuíram 1,8% em Lisboa no terceiro trimestre de 2020 quando comparado com o mesmo período de 2019, mas aumentaram 7,6% em todo o país, divulgou o Instituto Nacional de Estatística (INE). “No 3.º trimestre de 2020 (últimos 3 meses), o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1168 euros por metro quadrado. Este valor representa uma redução face ao 2.º trimestre (-1,6%) mas um aumento relativamente ao 3.º trimestre de 2019 (+7,6%)”diz o INE.

Segundo o instituto de estatística, “Lisboa foi o único dos 24 municípios com mais de 100 mil habitantes com contração homóloga dos preços da habitação (-1,8%) e outros nove registaram também uma desaceleração dos preços”, sendo esses concelhos Sintra, Seixal, Leiria, Odivelas, Matosinhos, Amadora, Braga, Cascais e Barcelos. Nestes, a maior desaceleração superior ao padrão nacional (-1,8 pontos percentuais) verificou-se na Amadora (-9,3 p.p.), seguindo-se Cascais (-8,9 p.p.) e Lisboa (-8,1 p.p.), que registou uma descida de preços. Por outro lado, “os municípios de Almada (+12,5 p.p.), Porto e Funchal (ambos com +10,5 p.p.) registaram os maiores ritmos de crescimento dos preços entre o 2.º e 3.º trimestre de 2020”.

No terceiro trimestre, a nível nacional, a evolução da taxa de variação homóloga dos preços da habitação, “de 9,4% para 7,6%, evidencia a desaceleração do ritmo de crescimento dos preços da habitação, tal como no trimestre anterior”, de acordo com o INE. “No período em análise, as sub-regiões do Algarve, Área Metropolitana de Lisboa, Região Autónoma da Madeira e Área Metropolitana do Porto registaram, simultaneamente, um preço mediano de alojamentos familiares – 1806 euros por metro quadrado, 1650 euros por metro quadrado, 1332 euros por metro quadrado e 1264 euros por metro quadrado, respetivamente – acima do valor nacional e taxas de variação homóloga (+7,7%, +10,6%, +12,2% e +13,7%), respetivamente — mais expressivas que as registadas no país”, diz o INE.

O organismo assinala ainda que entre as 25 NUTS III do país “destaca-se, com o maior crescimento homólogo, o Alto Alentejo (+41,1%) que também é a sub-região que registou o menor preço mediano de venda de alojamentos familiares (450 euros por metro quadrado)”.

No total, houve 12 sub-regiões que registaram uma desaceleração mais forte que para todo o país: Douro, Tâmega e Sousa, Alto Minho, Região de Leiria, Cávado, Terras de Trás-os-Montes, Viseu Dão Lafões, Beira Baixa, Alto Tâmega, Alentejo Litoral, Alentejo Central e Beiras e Serra da Estrela.

Já nos 12 meses terminados em outubro, “o preço mediano de alojamentos familiares em Portugal foi 1160 euros por metro quadrado, aumentando +2,0% relativamente ao trimestre anterior e +10,1% relativamente ao trimestre homólogo”.

“O preço mediano da habitação manteve-se acima do valor nacional nas regiões do Algarve (1711 euros por metro quadrado), Área Metropolitana de Lisboa (1586 euros por metro quadrado), Região Autónoma da Madeira (1307 euros por metro quadrado) e a Área Metropolitana do Porto (1192 euros por metro quadrado)”, assinala o INE sobre o ano terminado em outubro.