Alto rendimento. Os alunos que já estudavam à distância antes da pandemia

Alto rendimento. Os alunos que já estudavam à distância antes da pandemia


Há jovens que dividem os dias entre aulas e desporto de alto rendimento. Às vezes, não há tempo para ir ter com os amigos, mas a sensação de cumprir objetivos compensa. E depois chegaram as UAARE, um projeto que faz a ponte entre os alunos, a escola e o desporto.


As aulas à distância são novidade para a maioria dos alunos, mas há estudantes que desde sempre foram obrigados a planear o estudo em casa sem perder muito tempo. Matilde Castanheira, Marta Carvalho e Luke Munro já são experientes na arte de conciliar os livros com o desporto e, além de serem atletas de alta competição há anos, conseguem manter as notas no topo.

Os dias de Matilde Castanheira, aluna do 12.o ano e atleta de ginástica artística do Ginásio Clube Português, não diferem muito uns dos outros: a somar às aulas, treina todos os dias e, às vezes, tem dois treinos por dia. Desde março que só tem aulas às disciplinas de exame – Português e Matemática – mas, antes da pandemia, já precisou de faltar a algumas aulas que coincidiam com os treinos. “Treinava das oito e meia às dez ou das nove às dez e meia, e já não voltava à escola porque as minhas aulas terminavam às 11h. E, como era Educação Física, ia para casa”, explicou. É aqui que entram as Unidades de Apoio ao Alto Rendimento na Escola (UAARE), um programa criado para facilitar a ponte entre alunos, escola e desporto e garantir que os jovens atletas sentem que estão a ser acompanhados dentro da instituição escolar e não são prejudicados por praticarem um desporto. “Com este projeto há uma certa facilidade com as aulas. Por exemplo, eu podia faltar a algumas aulas que não achava tão importantes, que normalmente eram de Inglês, e ir para uma sala (a Sala de Estudo Aprender +) que nós temos na escola, e podia escolher estudar sozinha ou podia estudar acompanhada nos horários em que estavam outros professores de outras disciplinas”, explicou Matilde Castanheira, que espera, depois dos exames, poder seguir o curso de Biologia. O último ano do ensino secundário não tem uma carga horária tão grande e, por isso, Matilde não faltou a nenhuma aula este ano para estudar, ao contrário dos últimos dois anos, em que confessa que era muito difícil conciliar tudo. E esta aluna de 18 anos está inserida no projeto UAARE há dois anos, desde que ele entrou na Escola Secundária Pedro Nunes, em Lisboa.

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