O grande consumo em Portugal vai resistir em 2012. A conclusão é de um estudo da Kantar Worldpanel, que revela que apesar da crise económica “a quantidade de produtos de grande consumo, bem como o gasto nos mesmos deverão manter-se estáveis”, até 2015.
De acordo com a investigação, a evolução registada nos hábitos de consumo das famílias portuguesas, entre 2010 e 2011, mostra que há uma tendência crescente para comprar com mais frequência mas menos produtos de cada vez.
O estudo indica que os consumidores reflectem também uma preocupação mais sistemática com os preços, procurando a melhor relação preço/função e optando pelas marcas mais caras apenas “quando vê nelas um valor claro para si, que justifique o gasto”. Neste contexto, as marcas de distribuição (marcas brancas) continuarão a ganhar espaço, prevendo que em 2015 representem mais de 41% do valor total gasto pelos lares portugueses em produtos de grande consumo. Este comportamento, diz o estudo, deverá, de resto, crescer nos próximos dois anos.
Em termos de bens, esta alteração de hábitos reflecte-se num decréscimo do consumo de produtos como águas com gás, iogurtes saúde (bifidus, L. Casei, etc) vinhos, pão fresco, carne fresca, peixe e marisco fresco e bacalhau seco. Por outro lado, há um aumento do consumo de águas sem gás, iogurtes básicos tradicionais, pão industrial, carne congelada, conservas de atum e salsichas.