Warner Bros aceita pedido da China para cortar seis segundos do novo filme da saga “Monstros Fantásticos”

Warner Bros aceita pedido da China para cortar seis segundos do novo filme da saga “Monstros Fantásticos”


Nestes seis segundos, são ditas frases referentes ao relacionamento homossexual entre Dumbledore e Grindelwald.


A produtora Warner Bros. Pictures aceitou o pedido da China para retirar seis segundos do novo filme da saga “Monstros Fantásticos – Os Segredos de Dumbledore” que falavam sobre a relação homossexual entre as personagens Dumbledore (Jude Law) e Grindelwald (Mads Mikkelsen). 

A autora de “Harry Potter”, J.K Rowling, já tinha confessado que o mítico professor da escola de magia de Hogwarts é homossexual em 2009, no entanto esta caraterística de Dumbledore nunca tinha sido referida em qualquer filme da saga de Harry Potter, assim como em “Monstros Fantásticos” que remonta às gerações anteriores de Potter, apenas no terceiro filme, que estreou este mês nas salas de cinemas do mundo.

As frases em questão diziam “porque eu estava apaixonado por ti” e “Grindelwald e eu apaixonámo-nos”, indica a revista Variety. Já os restantes minutos permaneceram intactos, nomeadamente um momento em que estas duas personagens se aproximam intimamente.

"Como produtora cinematográfica, estamos empenhados em salvaguardar a integridade de cada filme que lançamos, e isso estende-se a circunstâncias que necessitam de fazer cortes matizados, a fim de responder sensivelmente a uma variedade de fatores do mercado", disse Warner Bros. Pictures numa declaração à Variety.

"A nossa esperança é lançar os nossos filmes em todo o mundo, tal como lançados pelos seus criadores, mas historicamente temos enfrentado pequenas edições feitas em mercados locais", revelou.

"No caso dos ‘Monstros Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore’, foi pedido um corte de seis segundos e a Warner Bros. aceitou essas alterações para cumprir os requisitos locais, mas o espírito do filme permanece intacto", vincou na mesma nota, ao acrescentar que também é importante para a produtora que o “público chinês tenha a oportunidade de o ver, mesmo com estas pequenas edições".

Segundo a revista norte-americana, o terceiro filme da saga venceu a corrida nas bilheteiras chinesas no fim de semana de abertura. O filme estreou a 8 de abril naquele pais, uma semana antes de aparecer nos ecrãs americanos, evento marcado para 15 de abril.

Nos três primeiros dias, foi gerada uma receita de 2,2 milhões de renminbi – moeda oficial da China –, mais de 3 milhões de euros nas bilheteiras.