Adolfo Mesquita Nunes, o ex-dirigente do CDS que coordenou o programa eleitoral centrista, esclareceu este domingo que não será candidato à liderança do partido. "Não serei candidato à liderança do partido, em coerência aliás com uma escolha que fiz em Março deste ano, cuja fundamentação se mantém", escreveu no Facebook depois do ex-ministro da Economia, Pires de Lima, o ter desafiado para concorrer à liderança do CDS, numa entrevista que deu ao Jornal de Negócios e à Antena 1.
A escolha a que Mesquita Nunes se refere é a Galp. É administrador não executivo e renunciou ao cargo de vice-presidente do CDS em março. A opção foi feita na altura, o que foi interpretado como um sinal de que estaria de fora de qualquer corrida interna dentro do partido.
Mesquita Nunes, tal como outros destacados militantes do CDS, tinham optado por não falar sobre a situação interna até ao conselho de nacional de 17 de outubro, depois da demissão da líder, Assunção Cristas. Porém, o desafio de Pires de Lima não deu espaço para o silêncio. "Tinha como objetivo não falar em público do CDS nem dos seus desafios futuros antes de o fazer no Conselho Nacional do partido, que decorrerá esta quinta-feira; no entanto, o calendário mediático é o que é, pelo que me desviei desse propósito apenas para que ao meu silêncio não pudesse corresponder qualquer significado político de aceitação de um desafio do António Pires de Lima, um amigo, alguém que admiro muito e que é para mim uma referência", concluiu Mesquita Nunes na mesma rede social.
O CDS perdeu quase dois terços da sua bancada nas eleições do passado domingo, tendo ficado reduzido a cinco deputados.