Os EUA retiraram-se de um grupo internacional encarregado de coligir provas de possíveis crimes de guerra russos na Ucrânia.
O Centro Internacional para Acusação do Crime de Agressão à Ucrânia (ICPA) reúne investigadores de vários países europeus e dos EUA, sob a égide da Eurojust, agência da União Europeia (UE) para a Cooperação Judiciária Penal.
“Há algumas semanas, eles (os Estados Unidos) anunciaram que se retiravam (…) infelizmente devido a uma mudança de prioridades no seu Departamento de Justiça”, disse esta quinta-feira o presidente da Eurojust.
“Lamentamos o facto, claro, mas, ao mesmo tempo, vamos evidentemente continuar a trabalhar com os participantes” que ainda fazem parte do grupo, acrescentou Michael Schmid.
Até janeiro deste ano, o ICPA recolheu cerca de 3.700 elementos de prova procedentes de 16 países e destinados a serem utilizados em possíveis acusações de crimes de guerra contra russos, no âmbito da guerra na Ucrânia. Esta foi iniciada a 24 de fevereiro de 2022, quando as forças da Rússia invadiram o país vizinho.
“Para dizer a verdade, não sabemos exatamente o que vai acontecer no futuro”, admitiu Schmid, acrescentando: “Mas a nossa intenção é continuar”.