O presidente ucraniano denunciou nesta quarta-feira os incessantes ataques da Rússia, que lançou mais de 100 drones durante a noite contra o território do país vizinho, como sinal que “Moscovo não quer uma paz real”. Os ataques aconteceram poucas horas após o Kremlin concordar com a interrupção dos bombardeamentos no Mar Negro e contra instalações de energia.
“Lançar ataques assim, numa escala tão grande, após negociações de cessar-fogo é um sinal claro para o mundo inteiro de que Moscovo não quer uma paz real”, afirmou Volodymyr Zelensky nas redes sociais.
A Rússia lançou 117 drones durante a noite sobre a Ucrânia, dos quais 56 foram derrubados e 48 foram perdidos pelos radares e não provocaram danos, segundo a Força Aérea da Ucrânia.
Alguns drones atingiram edifícios na região central de Kryvyi Rih e na zona fronteiriça de Sumy. Outras regiões na frente de batalha também foram atacadas, incluindo a região leste de Donetsk, onde três pessoas morreram nas últimas 24 horas.
“Deve haver também pressão clara e uma ação forte do mundo contra a Rússia, mais pressão, mais sanções dos Estados Unidos para conter os ataques russos”, afirmou Zelensky.
Este mais recente ataque com drones ocorreu depois de a Rússia e a Ucrânia terem garantido aos EUA, na terça-feira, que iriam trabalhar para o estabelecimento de uma trégua aos ataques no Mar Negro e às infraestruturas energéticas, sem estabelecer condições concretas ou calendários para este cessar-fogo parcial.
A guerra na Ucrânia começou em 2014 com a anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia e, posteriormente, em 24 de fevereiro de 2022 as tropas russas invadiram o território ucraniano.