As eleições para a presidência da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) realizam-se na próxima sexta-feira e o candidato Nuno Lobo teme a existência de um ambiente intimidatório sobre os delegados que vão escolher o sucessor de Fernando Gomes. Fábio Lourenço, mandatário da candidatura de Nuno Lobo, deu conta disso mesmo numa carta que endereçou ao presidente da Comissão Eleitoral, José Luís Arnaut, e que publicamos na íntegra.
“Na próxima sexta-feira, realizar-se-á o ato eleitoral em cumprimento do processo eletivo presidido por V. Excia. Tal ato eleitoral deverá, nos termos constitucionais, legais e regulamentares, realizar-se de acordo com os princípios basilares da democracia, da transparência e da liberdade individual de cada um dos delegados. Sucede que têm chegado a esta candidatura diversos relatos que colocam em causa esses princípios fundamentais e, consequentemente, a integridade do próprio ato eleitoral, o que poderá, se comprovado, comprometer a sua legitimidade e levar à sua eventual impugnação. Deste modo, e com o intuito de garantir a total conformidade com os princípios referidos, apelamos a que, no dia da eleição, não seja permitida a utilização de qualquer meio de recolha de imagens, designadamente telemóveis ou quaisquer dispositivos eletrónicos na zona de votação. De igual forma, apelamos a esta Comissão Eleitoral que garanta um ambiente de votação isento de qualquer tipo de coação, assegurando que cada delegado possa exercer o seu direito de voto de forma livre e independente, sem pressões externas ou exigências de comprovação do sentido de voto. Estamos certos de que V. Excia. e a Comissão Eleitoral tudo farão para que este ato decorra com a máxima idoneidade e respeito pelos princípios fundamentais que regem qualquer processo democrático. Acreditamos, Sr. Presidente, que esta nossa proposta será, de imediato, subscrita pela outra candidatura (lista 1), em razão do acima exposto”.