2025 entre amigos


Foi por isso que me recusei sempre a organizar grandes festas nesta época, mesmo quando eu era o homem das festas. Sinto que esta data tem muito de reflexão pessoal, de paz interior e de alinhar os nossos sentidos para a entrada de uma nova fase.


Confesso que nunca fui especial entusiasta da festa do final do ano. Talvez porque adore o mês de dezembro e esta data simbolize o seu fim ou porque como dizia Quim Barreiros “a seguir entra…” janeiro, que é tão só o mês mais depressivo e enfadonho (não desmerecendo o aniversário de grandes amigos capricornianos). Eu que sempre gostei de andar por aí, a viver o ano inteiro, tenho sempre dificuldades em alinhar as minhas expectativas e entusiasmo com quem espera viver o ano todo num só dia. Entendo que exista quem não pense dessa forma e que se encha de planos e projectos mas não é o meu caso. Também sou cada vez menos das grandes confusões, dos eventos impessoais e de estar ao lado de quem não me diz absolutamente nada. Dizem que é a idade a bater à porta mas eu gosto de pensar que foi sempre assim.

Nunca fui muito de querer viver o que os outros vivem ou de estar onde os outros vão, só porque sim. Foi por isso que me recusei sempre a organizar grandes festas nesta época, mesmo quando eu era o homem das festas. Sinto que esta data tem muito de reflexão pessoal, de paz interior e de alinhar os nossos sentidos para a entrada de uma nova fase, mesmo que permaneça tudo igual, mesmo que sejam meros números que nos habituámos a celebrar, com a vontade de que agora sim, a coisa encarrile e possamos ser felizes tudo aquilo que não fomos no ano anterior. Ou que concretizemos o que ficou por concretizar. Não há maior sinal de vitalidade do que permanecer na loucura de um sonho ou a força imensa de os concretizar. Há sempre qualquer coisa por fazer, fica sempre algo por terminar ou começar.

Assim, escolho sempre iniciar o calendário entre amigos. Têm sido na verdade, quase sempre os mesmos, aqueles que eu escolho e que me escolhem como companhia. Gosto de estar à vontade, de poder rir e fazer piadas de tudo e de nada, de jogar jogos, de criar partidas e da conversa que se explana até de manhã. Dos bons temas que se soltam para a mesa, das recordações do que passou e da magia do que há de vir. Este ano não será diferente. Na casa de um deles haverá festa, abraços e dança. Onde eu me sinto bem e posso ser eu sem julgamentos ou desconfianças.

Um final do ano tranquilo mas cheio de vida, para poucos mas com a energia de muitos. É com eles que quero dar este tiro de partida e abrir aquela garrafa. É isso que desejo também a quem me lê. Amigos. Amigos que vos rodeiem, que vos façam sentir bem, que tragam coisas boas e que lhes possam entregar o que de melhor temos guardado. Que em 2025 não vos falte saúde ou amor, nem ambição, que atinjam a consistência e a coerência e que no final se sintam felizes e concretizados com a coleção de momentos que forem criando.

P.S. Um abraço especial a todos os meus amigos que vivem em Moçambique e que passam por dias incertos e difíceis.

2025 entre amigos


Foi por isso que me recusei sempre a organizar grandes festas nesta época, mesmo quando eu era o homem das festas. Sinto que esta data tem muito de reflexão pessoal, de paz interior e de alinhar os nossos sentidos para a entrada de uma nova fase.


Confesso que nunca fui especial entusiasta da festa do final do ano. Talvez porque adore o mês de dezembro e esta data simbolize o seu fim ou porque como dizia Quim Barreiros “a seguir entra…” janeiro, que é tão só o mês mais depressivo e enfadonho (não desmerecendo o aniversário de grandes amigos capricornianos). Eu que sempre gostei de andar por aí, a viver o ano inteiro, tenho sempre dificuldades em alinhar as minhas expectativas e entusiasmo com quem espera viver o ano todo num só dia. Entendo que exista quem não pense dessa forma e que se encha de planos e projectos mas não é o meu caso. Também sou cada vez menos das grandes confusões, dos eventos impessoais e de estar ao lado de quem não me diz absolutamente nada. Dizem que é a idade a bater à porta mas eu gosto de pensar que foi sempre assim.

Nunca fui muito de querer viver o que os outros vivem ou de estar onde os outros vão, só porque sim. Foi por isso que me recusei sempre a organizar grandes festas nesta época, mesmo quando eu era o homem das festas. Sinto que esta data tem muito de reflexão pessoal, de paz interior e de alinhar os nossos sentidos para a entrada de uma nova fase, mesmo que permaneça tudo igual, mesmo que sejam meros números que nos habituámos a celebrar, com a vontade de que agora sim, a coisa encarrile e possamos ser felizes tudo aquilo que não fomos no ano anterior. Ou que concretizemos o que ficou por concretizar. Não há maior sinal de vitalidade do que permanecer na loucura de um sonho ou a força imensa de os concretizar. Há sempre qualquer coisa por fazer, fica sempre algo por terminar ou começar.

Assim, escolho sempre iniciar o calendário entre amigos. Têm sido na verdade, quase sempre os mesmos, aqueles que eu escolho e que me escolhem como companhia. Gosto de estar à vontade, de poder rir e fazer piadas de tudo e de nada, de jogar jogos, de criar partidas e da conversa que se explana até de manhã. Dos bons temas que se soltam para a mesa, das recordações do que passou e da magia do que há de vir. Este ano não será diferente. Na casa de um deles haverá festa, abraços e dança. Onde eu me sinto bem e posso ser eu sem julgamentos ou desconfianças.

Um final do ano tranquilo mas cheio de vida, para poucos mas com a energia de muitos. É com eles que quero dar este tiro de partida e abrir aquela garrafa. É isso que desejo também a quem me lê. Amigos. Amigos que vos rodeiem, que vos façam sentir bem, que tragam coisas boas e que lhes possam entregar o que de melhor temos guardado. Que em 2025 não vos falte saúde ou amor, nem ambição, que atinjam a consistência e a coerência e que no final se sintam felizes e concretizados com a coleção de momentos que forem criando.

P.S. Um abraço especial a todos os meus amigos que vivem em Moçambique e que passam por dias incertos e difíceis.