Vale de Judeus. Nomeação de novo diretor até quinta-feira

Vale de Judeus. Nomeação de novo diretor até quinta-feira


“A pessoa está identificada, aguardamos apenas por alguns procedimentos administrativos”, disse a ministra da Justiça


A ministra da Justiça disse esta quarta-feira que o novo diretor da prisão de Vale de Judeus deverá ser nomeado até quinta-feira. Rita Alarcão Júdice acrescentou que quis “repor a verdade” sobre matérias relacionadas com a fuga de cinco reclusos.

“Entre hoje e amanhã [quinta-feira] conto poder assinar o despacho de nomeação do novo diretor do Estabelecimento Prisional (EP) de Vale de Judeus. A pessoa está identificada, aguardamos apenas por alguns procedimentos administrativos”, disse a governante na sua intervenção inicial no debate sobre a situação das prisões,.

No debate solicitado pelo Chega, a ministra da Justiça referiu a “torrente de comentários e informações” na última semana sobre a fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, e apontou que “muita coisa foi dita, faltando à verdade”, que disse querer repor.

O EP de Vale de Judeus não estava sem diretor há quatro meses, nem este se encontrava de baixa aquando da fuga, afirmando Rita Alarcão Júdice que o diretor cessante se aposentou em 01 de julho, o que foi publicado em Diário da República em 01 de agosto, tendo o diretor adjunto da prisão assumido funções como diretor, “com plenos poderes”.

A ministra desmentiu ainda que os guardas prisionais não tenham acionado o sistema de comunicações de segurança do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP) “por falta de conhecimento ou formação”.

“O funcionamento do SIRESP faz parte do curso de formação de Guardas, além de ter havido formação quando foi instalado. O sistema SIRESP não foi acionado porque o protocolo indica que, naquele caso, o que deve ser feito é usar o SIRESP para as comunicações rádio”, disse, citada pela agência Lusa. 

Sobre a fuga, reiterou que as causas “não foram fruto do acaso” e “algumas já estão identificadas”, recordando as auditorias pedidas aos serviços do Ministério da Justiça e da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP).