Marcelo confia que Governo irá ao encontro das preocupações tidas no veto sobre privatização da TAP

Marcelo confia que Governo irá ao encontro das preocupações tidas no veto sobre privatização da TAP


Na segunda-feira, o primeiro-ministro garantiu no parlamento que, se o ‘hub’ de Lisboa e a “função estratégica” da TAP não forem assegurados, a privatização da companhia aérea não avançará.


O Presidente da República disse esta terça-feira que, no seu entendimento, as declarações do primeiro-ministro sobre a TAP indicam que o decreto da privatização vai ser alterado para ir ao encontro das preocupações que justificaram o seu veto.

“Eu percebo, daquilo que disse o primeiro-ministro ontem [segunda-feira], que ele [António Costa] está com vontade de ir ao encontro destas preocupações”, afirmou o chefe de Estado em Chisinau, capital da Moldávia. 

À margem de uma visita oficial àquele país do leste da Europa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou haver “tempo para trabalhar o diploma”, de modo a que “a lei dê uns passos que não deixe ficar apenas no pacto social, no futuro, aquilo que pode já, de alguma maneira, ser protegido”.

Na segunda-feira, o primeiro-ministro garantiu no parlamento que, se o ‘hub’ de Lisboa e a “função estratégica” da TAP não forem assegurados, a privatização da companhia aérea não avançará. Segundo António Costa, o Governo já definiu “muito bem quais são os critérios relativamente à privatização da TAP”, sendo que o “último critério é mesmo o preço” e primeiro é a “preservação da importância estratégica” da empresa para a economia nacional e do ‘hub’ de Lisboa.

“Por isso, tenho tranquilidade para lhe dizer: se, nessa hipótese que coloca, de o ‘hub’ de Lisboa não estar garantido e não estar garantida a função estratégica, nesse caso não haverá privatização”, afirmou, no Parlamento, durante o debate na generalidade sobre o Orçamento do Estado para 2024. 

O chefe do executivo garantiu que a “privatização ocorrerá no estrito respeito pela vocação estratégica da TAP”, acrescentando ter sido por isso “que adquirimos a parte necessária do capital em 2015, foi para isso que fizemos o aumento de capital em 2020 e não é agora que, na privatização, vamos alienar aquilo que se conseguiu”.

No entanto, argumentou o líder do Executivo, “para alcançar esse objetivo, não é necessário ter 100% do capital ou sequer 51% do capital, depende de quem seja o sócio e depende de qual seja o pacto social entre os sócios”.