O líder da República russa da Chechénia, Ramzan Kadyrov, considerou, este sábado, que o exército russo deve tomar “medidas mais drásticas” ao recorrer a “armas nucleares de baixa potência” na invasão da Ucrânia.
"Na minha opinião, medidas mais drásticas devem ser tomadas, incluindo a declaração de lei marcial nas áreas de fronteira e o uso de armas nucleares de baixa potência", afirmou Ramzan Kadyrov numa mensagem na rede social Telegram.
O líder, próximo do Presidente da Rússia e com quem esteve na sexta-feira em Moscovo para a formalização da anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia, defendeu que a “operação militar especial” deve ser feita “no sentido pleno do termo” em vez das tropas russas se “limitarem a brincar”.
"Não devemos tomar decisões tendo em conta a 'comunidade ocidental-americana'", apontou ainda Kadyrov, ao recordar que o Ocidente quer prejudicar a Rússia.
Depois de a cidade de Lyman ter sido recuperada pelo exército ucraniano, o líder checheno lamentou que o coronel-general russo encarregado das operações, Alexandre Lapin, não tivesse fornecido “as informações necessárias” para que os soldados conseguissem defender a sua posição, o que acabou por determinar a retirada das tropas este sábado para alegadamente “procurar melhores posições”.
"Não pode haver lugar para nepotismo no exército, especialmente nestes tempos difíceis", criticou ainda Kadyrov.