Aleksander Ceferin, presidente da UEFA, aproveitou o palco na Assembleia Geral da ECA (Associação de Clubes Europeus) para tecer duras críticas ao projeto da Superliga Europeia, patrocinado por Real Madrid, Barcelona e Juventus.
Apesar de estar despejado o fumo inicial da tentativa de instauração desta competição, Ceferin não deixou de aproveitar o seu discurso neste evento para referir ser “fundamental manter a unidade diante desse infortúnio e da tagarelice da Superliga”. O líder máximo do futebol europeu definiu o projeto como sendo “vergonhoso e mentiroso”.
“Em 2020 e 2021 nada foi normal”, reforçou Ceferin na reunião que juntou várias figuras do futebol europeu. “Agora o que todos queremos é voltar à normalidade”, afirmou, apelando à “unidade” dos clubes contra o projeto. “Espero que tenha sido apenas um episódio [a Superliga], que não queremos viver de novo. Temos que estar unidos, ser um modelo para o futebol”, continuou Ceferin, que disparou em todas as direções.
Na mira esteve, além das equipas fundadoras da Superliga Europeia, a própria FIFA, e os seus projetos de diminuir o intervalo entre Campeonatos Mundiais de futebol para 2 anos, face ao atual período de intervalo de 4 anos. “O valor desta competição é justamente porque é realizada a cada quatro anos: jogá-lo a cada dois anos iria desvaloriza-la”, defendeu Ceferin.
Al-Khelaifi contra Superliga
O presidente do Paris Saint-Germain, e da própria ECA, também criticou o projeto da Superliga Europeia. Nasser Al-Khelaifi começou por chamar-lhe a “Não-tão-Superliga”, rotulando o projeto como “um golpe de estado”. Na sala encontravam-se representantes de alguns dos clubes que participaram inicialmente no lançamento deste projeto.