Esteban Ocon (Alpine F1 Team) foi o vencedor do Grande Prémio da Hungria, que serviu de palco para uma das corridas mais bizarras da temporada, e que, apesar de ter falhado a vitória, permitiu a Lewis Hamilton recuperar a liderança da classificação geral, com 195 pontos, frente aos 187 de Max Verstappen. Esta foi a primeira vitória de Ocon em 78 corridas, e a primeira da equipa Alpine Racing, antiga Renault.
Ocon, de 24 anos, partiu da oitava posição, e deixou em segundo lugar o alemão Sebastian Vettel, da Aston Martin Racing, que acabou desqualificado por um problema com a gasolina do seu carro. Assim, Hamilton, o britânico da Mercedes-Benz, subiu para o segundo lugar do pódio – depois de ter começado a corrida atrás de todos os concorrentes – e Carlos Sainz pôde ocupar o terceiro posto na classificação final. A desqualificação do alemão deveu-se a uma quantidade insuficiente de gasolina no seu carro, após a corrida, o que impediu a sua análise e, consequentemente, obrigou à retirada do nome de Vettel da classificação.
A chuva marcou o início da corrida, dificultando a vida para os diferentes pilotos, que se envolveram num aparatoso acidente, do qual foram logo eliminados cinco concorrentes. Valtteri Bottas perdeu o controlo do seu automóvel e levou consigo Lando Norris e Sergio Perez, atingindo ainda Max Verstappen. Ao mesmo tempo, também Lance Stroll embateu em Charles Leclerc. Assim, a bandeira vermelha foi mostrada, e Bottas, Perez, Norris, Stroll e Leclerc foram retirados da corrida.
À hora de retomar a corrida, a Mercedes tramou Lewis Hamilton, e o piloto britânico – que foi o único a formar a grelha da segunda partida – acabou punido com uma queda até o último lugar, fruto de uma pavorosa pit stop. Assim, Ocon aproveitou a folga dada por Hamilton, e subiu à liderança na quinta volta, mantendo-a até ao fim, aguentando fortemente as pressões de Sebastian Vettel.
Na corrida brilhou, no entanto, Lewis Hamilton, que subiu desde a 14.ª posição da grelha até ao terceiro lugar. Ao mesmo tempo, Verstappen só alcançou o 10.º lugar, graças ao dano sofrido no início da corrida.
POLÉMICA PRÉ-CORRIDA Ainda não se tinha desligado o semáforo da corrida final no Grande Prémio da Hungria, e já se sentia no ar a tensão em torno de Max Verstappen, o piloto da Red Bull que liderava a classificação geral até à corrida na Hungria. O toque de Lewis Hamilton, da Mercedes-Benz, que empurrou o holandês para fora do Grande Prémio da Grã-Bretanha, continua a dar que falar, e Verstappen mostrou-se farto das “perguntas de m**da”dos jornalistas, e quis colocar um ponto final na polémica.
“Sinceramente, passámos a quinta-feira a responder a estas estúpidas perguntas de me***, por isso, podemos parar com isto, por favor? Somos pilotos, é claro que vamos competir árdua, mas justamente, pelo que nos vamos pressionar uns aos outros”, disparou o holandês, em declarações aos jornalistas citadas pelo site oficial da Fórmula 1.
CAMINHO A SPA Não é propriamente de um espaço para relaxamento e cuidados pessoais que se trata a palavra ‘Spa’ quando se fala em Fórmula 1. O circuito de Spa-Francorchamps será o palco da próxima etapa do Campeonato Mundial de Fórmula 1, onde, a 29 de agosto, vai decorrer o Grande Prémio da Bélgica.
[Atualizado às 21:55 de 1/8/2021] – Sebastian Vettel foi desqualificado da corrida, levando à subida de Hamilton ao segundo lugar, e de Sainz ao terceiro.