PS conta com PCP, PEV e PAN para OE 2021

PS conta com PCP, PEV e PAN para OE 2021


A votação final global do Orçamento para 2021 está prevista para quinta-feira. Os socialistas acreditam que vai repetir-se a votação inicial.


A votação final global do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) está prevista para quinta-feira, mas ainda não há certezas. O mais próvável é que o documento venha a ser viabilizado pelos deputados do PCP, do PEV e do PAN. Os comunistas, no início da discussão na especialidade, alertaram que o orçamento «não integra a resposta global necessária». João Oliveira, líder parlamentar do PCP, defendeu que «têm de se encontrar soluções cabais» que respondam aos «problemas que os portugueses enfrentam», confessando ainda «uma preocupação acrescida», porque «desde o momento de apresentação do orçamento até ao momento em que iniciámos a votação na especialidade a situação não é a mesma». Uma das medidas propostas pelos comunistas foi a suspensão dos despedimentos até ao final de 2021. Diana Ferreira relembrou a urgência de «reforçar a proteção dos trabalhadores», propondo também aumentar o apoio social nas situações de desemprego.

O PAN, liderado por André Silva, é também um dos prováveis suportes para a viabilização deste OE2021. O partido viu a sua proposta para divulgar a cada 3 meses transferências para fundações e associações aprovada, com o único partido a votar contra a ser o PS.

Joacine com BE e direita no chumbo do Orçamento

Do lado oposto, o PSD, o IL, o Chega, a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira e o BE são os prováveis votos contra o OE2021.

A maior surpresa acaba por ser a do BE, que confirma a rutura com o PS. Em causa estão variados pontos do Orçamento, nomeadamente a proteção dos trabalhadores.

No primeiro dia do debate da especialidade, o BE criticou o Governo por deixar «incompreensivelmente» sem proteção os trabalhadores precários.

José Soeiro, deputado bloquista, aproveitou para criticar o facto de diferentes empresas do país, após terem recebido apoios à manutenção do emprego, possam agora despedir trabalhadores precários. Os bloquistas têm criticado várias vezes o Governo por não encontrar um «terreno comum» com o partido, não respondendo afirmativamente àss concessões feitas pelo Bloco. Em debate, o PS respondeu que as matérias da lei laboral são válidas, mas não devem ser tratadas em sede de Orçamento do Estado.