Amanhã, em Amesterdão, no estádio que leva o nome de Johan Cruyff, o Ajax recebe o Liverpool para a primeira ronda da fase de grupos da Liga dos Campeões. É curioso como duas das mais fascinantes, vitoriosas e persistentes equipas da Europa se tenham defrontado tão poucas vezes no âmbito das provas da UEFA. Temos de ir até 1966 para encontrar a única eliminatória que tiveram de discutir, na segunda eliminatória da Taça dos Campeões Europeus. A primeira mão, disputada em Amesterdão a 7 de dezembro, ficou marcada por um nevoeiro tenebroso, daqueles que nos fazem, por vezes, avistar o Holandês Voador, esse navio-fantasma condenado a vogar até ao fim dos tempos e que só surge em noites de névoa cerrada.
De Mistwedstrijd – quer dizer, precisamente, o_Jogo do Nevoeiro. Um jogo no qual os holandeses foram os únicos que viram a bola, aplicando ao Liverpool uma das mais brutas derrotas da sua história: 5-1. Diga-se, para começar, que tanto Ajax como Liverpool eram uns principiantes na Taça dos Campeões. O_Ajax ia na sua terceira presença, o Liverpool apenas na segunda. Só por aqui se vê como os tempos mudaram entretanto e o rio da vida passou aos borbotões por debaixo das nossas pontes. Cruyff, o enorme Cruyff, tinha apenas 19 anos, o que não o impediu de ser a figura mais brilhante do encontro que a meteorologia tornou escuro. No Liverpool, as figuras mais impositivas eram Ian Callaghan, no meio-campo, e Ian St. John, na frente, com o número 9 nas costas. No banco de cada um, dois treinadores que marcaram a história do jogo: Rinus Michels e Bill Shankly.
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