Estar isolado em casa com alguém que se conhece há um, dois ou até 20 anos é um desafio. Para ligar as relações amorosas com a pandemia é preciso ter em conta que cada caso é um caso, alerta o psiquiatra Júlio Machado Vaz. E há casos para todas as teorias.
Regra geral, “as relações já fragilizadas aguentam muito pior do que outras que são mais sólidas”, diz o psiquiatra. Nestes casos, dos casais em que já existiam fissuras na relação, resultaram dois caminhos do confinamento. Para uns, a convivência diária em 24 horas por dia só agravou essas fragilidades. No entanto, para outros, notou-se até um maior entendimento, “os casais avaliaram melhor as situações, aproximando-se”, explicou Júlio Machado Vaz. Já “nas relações que eram sólidas, as pessoas aguentaram melhor”.
Além da convivência diária, há outros aspetos que entram na esfera das influências das relações: se há filhos ou não, se estão em teletrabalho, se vivem numa casa com jardim ou num T1 sem varanda. Como explicou Júlio Machado Vaz, “tendemos a ignorar, mas não estamos todos no mesmo barco”, na medida em que os casais não vivem todos com as mesmas condições, seja durante ou depois do confinamento.
As separações ou a aproximação entre casais que se verificaram depois do confinamento não são, assim, uma surpresa para o psiquiatra Júlio Machado Vaz.
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