Com a tendência de aumento de casos na região de Lisboa a manter-se, Ricardo Mexia admite ao i que o acesso às praias pode ser um dos temas a merecer ponderação. Questionado pelo i sobre a afluência à Caparica no último fim de semana, e se, tendo em conta a evolução dos casos, faria sentido algum tipo de interdição, o médico defendeu que este é um dos aspetos que pode ser avaliado, chamando a atenção para o facto de as regras para a abertura da época balnear visarem uma menor concentração de pessoas nos areais. “Não sabemos se temos novos casos relacionados com praias. Agora, quando me dizem que estão 180 mil pessoas nas praias, independentemente das consequências, isso não vai ao encontro daquilo que é preconizado a partir de 1 de junho. Se antes de 1 de junho temos essa circunstância, é possível que seja preciso ajustar medidas. Era algo que estava previsto a partir de junho num cenário de evolução positiva, que não foi o que aconteceu.”
Para o médico Filipe Froes, a estratégia deve passar pela avaliação e pelo reforço da sensibilização e da informação ao público, não só neste contexto mas também noutros, como no uso adequado de máscara.
A abertura da época balnear com novas regras para prevenir a transmissão do sars-cov-2 está prevista para 6 de junho, mas até lá há ainda um fim de semana pela frente em que as previsões do Instituto Português do Mar e da Atmosfera apontam para algumas nuvens, mas com a continuação do tempo quente que tem marcado esta última semana de maio.