Finlândia vai ter a primeira-ministra mais nova do mundo

Finlândia vai ter a primeira-ministra mais nova do mundo


A social-democrata Sanna Marin, de 34 anos, enfrenta um país que confia cada vez menos no seu partido, bem como o crescimento dos nacionalistas finlandeses.


Já é conhecida a sucessora de Antti Rinne, depois de ter pedido a demissão de primeira-ministra da Finlândia. Sanna Marin, atual ministra dos Transportes, de 34 anos, vai ser a sua sucessora. Trata-se da mais nova chefe de Executivo – não contando com Sebástian Kurz, de 33 anos, que apesar de ter ganho as eleições austríacas ainda tenta reunir uma maioria parlamentar.

Já a maioria de Marin está assegurada. O seu partido, o Partido Social-Democrata da Finlândia (SDP em finlandês), de centro-esquerda, conta com o apoio de quatro outros partidos, todos eles liderados por mulheres. A antecessora de Marin perdeu a confiança dos seus parceiros do Partido do Centro, pela maneira como lidou com uma greve nos serviços postais. “Será preciso muito trabalho para reconstruir a confiança”, reconheceu Marin, logo após vencer por uma curta margem as eleições internas do seu partido, este domingo.

Apesar dos percalços, a coligação concordou em manter-se unida, à volta do programa que tinham acordado em junho. Esse pacote inclui aumentos significativos no investimento em saúde e infraestrutura, bem como o compromisso de tornar o país neutro a nível de emissões de dióxido de carbono até 2035.

São as propostas “que unem a coligação”, garantiu a futura chefe de Executivo, o que será fundamental para lidar com o crescimento dos nacionalistas do Partido dos Finlandeses (antigamente chamado Partido dos Verdadeiros Finlandeses). Desde as eleições de 15 de abril – que o partido de Marin ganhou por uma curta margem – que os nacionalistas ultrapassaram os sociais-democratas, com mais de 10% das intenções de voto, segundo o Politico. 

A notícia de que Marin irá tornar-se primeira-ministra ganhou destaque nos media internacionais não só pela sua idade, mas também por ser apoiada por cinco partidos liderados por mulheres. A futura líder de Executivo já veio garantir: “Nunca pensei acerca da minha idade ou género. Penso nos motivos porque entrei na política e, é por isso, que ganhei a confiança do eleitorado”.