5 de outubro assinalado sem discursos políticos

5 de outubro assinalado sem discursos políticos


Cerimónias que assinalam a Implantação da República coincidem com dia de reflexão. Data será assinalada sem intervenções públicas. 


Este ano o dia da Implantação da República vai decorrer de forma diferente, não estando previstos os habituais discursos políticos do presidente da Câmara de Lisboa nem do Presidente da República, sabe o i.
A alteração dos planos das cerimónias do 5 de outubro acontece porque este ano a data coincide com o dia de reflexão às eleições legislativas, com a ida às urnas convocada para dia 6 de outubro.
 Por isso, este ano, a data será assinalada de forma mais discreta sendo que o Presidente da República não deixará de ir à Câmara de Lisboa para içar a bandeira ao lado de Fernando Medina, na varanda do salão nobre dos Paços do Concelho enquanto a banda da GNR toca o hino nacional. 
Só mais tarde, à noite, Marcelo Rebelo de Sousa fala ao país para fazer o habitual discurso de apelo ao voto.
Esta não é, aliás, a primeira vez que não há discurso político do Presidente da República nas cerimónias que assinalam o 5 de outubro. Em 2015, o então chefe de Estado, Cavaco Silva, decidiu faltar às cerimónias da Implantação da República. Isto porque, a 4 de outubro, um dia antes, tinham decorrido eleições legislativas e o antigo Presidente da República disse que tinha necessidade de “se concentrar na reflexão sobre as decisões que terá de tomar nos próximos dias”.      
Também em 2009 o dia de Implantação da República foi assinalado numa data próxima de eleições autárquicas, que decorreram a 11 de outubro. Por isso, também nessa altura, Cavaco Silva decidiu alterar o formato das cerimónias do 5 de outubro. Nesse ano, o antigo Presidente da República também não se deslocou à Câmara de Lisboa para fazer a intervenção pública optando por abrir ao público os jardins do Palácio de Belém, onde proferiu uma pequena intervenção sobre os 99 anos da República. 
Mas as alterações às comemorações do 5 de outubro não foram decisões exclusivas de Cavaco Silva. Também em 2005, o antigo Presidente da República Jorge Sampaio decidiu transferir as cerimónias para o Palácio da Ajuda, pela aproximação da data às eleições autárquicas que nesse ano decorreram a 9 de outubro.   

Marcelo vai a Roma Depois de marcar presença na Câmara de Lisboa, ainda no dia 5 de outubro, Marcelo Rebelo de Sousa vai rumar a Roma para assistir às cerimónias de impsoição do barrete cadinalício de Tolentino de Mendonça.
O pedido de assentimento para a deslocação do Presidente da República a Roma já deu entrada no Parlamento, indicando que a deslocação irá decorrer entre os dias 4 e 6 de outubro.  
Mas fonte de Belém disse ao i que as datas que constam do pedido de deslocação são apenas indicativas, para prevenir algum atraso. A mesma fonte garantiu ainda que o Presidente da República viaja para Roma do dia 5 com o regresso marcado nesse mesmo dia, com a hora chegada prevista durante a noite. 
Desta forma, no dia de eleições, Marcelo Rebelo de Sousa já estará em Portugal e irá votar em Celorico de Basto, como habitual.    
Antes da ida a Roma, entre os dias 22 e 27 de setembro – em plena campanha eleitoral – Marcelo Rebelo de Sousa vai viajar a Nova Iorque para participar na 74.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, onde fará um discurso. 
Além destas duas viagens, em outubro, nos dias 10 e 11, o Presidente da República vai viajar à Grécia  para participar na 15.ª reunião do grupo de Arraiolos. Trata-se de um grupo de chefes de Estado, com ou sem funções executivas, de países da União Europeia, que todos os anos se reunem de forma informal. Esta cimeira foi, aliás, criada em 2003 pelo antigo Presidente da República Jorge Sampaio, tendo sido realizada em Arraiolos.