O ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, disse esta sexta-feira que os moradores do prédio Coutinho, em Viana do Castelo têm de sair do edifício e refere que os “abusados” no processo são os poderes públicos.
"Aqui os abusados somos nós, os poderes públicos, porque [os moradores] há 19 anos que sabem que têm de sair de lá", disse o governante, citado pela agência Lusa, depois de questionado se seria um se seria um abuso da Sociedade VianaPolis deixar os últimos residentes daquele prédio sem gás, luz e água.
"As pessoas não podem estar ali, é um edifício público, que foi expropriado e que tem de começar a ser desconstruído", declarou Matos Fernandes, acrescentando ainda que, neste momento, os moradores estão a “incumprir” uma decisão judicial ao ocupar um espaço “que não é deles” e, por isso, "correm o risco de estar a cometer um crime".
O ministro do Ambiente assegura ainda que os moradores perderam em tribunal todas as ações que interpuseram para impedir a demolição do edifício.
Matos Fernandes relembra que a demolição do prédio Coutinho está prevista há 19 anos e referiu que os moradores têm “casas à espera dele” no centro da cidade ou então as indemnizações fixadas pelo tribunal.
Recorde-se os trabalhos de demolição do Edifício Jardim, mais conhecido por prédio Coutinho, em Viana do Castelo começaram, pelas 8h30 desta sexta-feira, apesar de ainda haver, pelo menos, nove pessoas dentro do edifício.
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