Ambiente de tensão agrava-se na TVI

Ambiente de tensão agrava-se na TVI


Estação de Queluz está a viver uma fase de fortes tensões e a ausência do diretor de Informação aumenta a ansiedade na redação. As saídas sucedem-se. A crise de audiências e o desinvestimento fazem subir de tom as críticas a Rosa Cullell.


A TVI está a viver uma verdadeira guerra interna. A crise de audiências (cada vez mais preocupante para o canal de Queluz e a saída de nomes de peso da redação agravou o ambiente de tensão na TVI.. A mais recente saída é a de Cláudia Lopes, editora de desporto, para integrar a estrutura de comunicação do Sporting, a partir de junho. Antes disso, tinha sido Paulo Almoster, editor de economia durante 16 anos, a abandonar a estação de Queluz para a função de head of publishing do grupo Jerónimo Martins. Já o diretor de informação, Sérgio Figueiredo, ao que o SOL apurou, tem estado ausente na redação, o que aumenta ainda mais o clima de ansiedade entre os jornalistas. Já se fala que as saídas não se ficam por aqui.

Também a aposta nos programas e os horários escolhidos estão a criar mal estar na estrutura. O SOL sabe que o alvo de todas as críticas, nesta matéria, é Rosa Cullell, diretora executiva do canal de televisão.

Ao que o SOL apurou, um dos casos que motivou maior contestação é o novo reality show Like me – apresentado por Luana Piovani e Ruben Rua –, transmitido às 19 horas e que tem sido um verdadeiro fracasso de audiências.

Outro motivo de discórdia interna diz respeito à nova rubrica de culinária O Chef é Você, transmitida durante o programa Você na TV, assim como a reposição de telenovelas às 18 horas.

 

Falta dinheiro para competir

A agravar o clima estão os cortes implementados pela diretora executiva da TVI. O canal de televisão não tem dinheiro para competir com os canais concorrentes e isso é visível pelos prejuízos registados nos primeiros três meses do ano. A Media Capital perdeu 1,4 milhões de euros, justificando o saldo negativo com os gastos para tentar manter a liderança nas audiências no prime time, isto numa altura em que a SIC continua a conquistar cada vez mais espetadores, após a ida de Cristina Ferreira para a concorrência.

O canal e o seu diretor de informação estão ainda a braços com uma acusação, por parte do Ministério Público, de desobediência qualificada e ofensa à reputação. Em causa está uma queixa do Banif (em liquidação), na sequência da notícia sobre o alegado ‘fecho’ do banco, emitida pelo canal TVI24, no dia 13 de dezembro de 2015, com a instituição financeira a considerar que a notícia esteve na «origem de uma enorme perda de liquidez ao longo dos dias» imediatamente a seguir à transmissão e, posteriormente, «da resolução do banco dos danos por ele provocados».