Os franceses caminham alegremente para o abismo


Quando vejo, semana após semana, grupos de manifestantes a semear o caos nas belas avenidas e praças de Paris pergunto-me sempre o que motiva aquelas pessoas – se reivindicações legítimas, se o gosto pela desordem e pela destruição gratuita.


Ao fim de 23 sábados consecutivos de protestos o que mais há ainda para reivindicar? O aumento do imposto sobre os combustíveis foi suspenso. Depois das generosas promessas de Macron continuam insatisfeitos?

Curiosamente, quando no início dos protestos ouvi portugueses residentes em França a falar sobre as motivações dos coletes amarelos, todos eles diziam que por lá se vivia muito melhor do que em Portugal – salários mais altos, mais proteção social, melhor funcionamento dos serviços, etc., etc. E, no entanto, eles queixam-se…

Isso fez-me pensar numa frase de Martha Gellhorn, uma correspondente de guerra americana, escritora, aventureira e viajante incansável: “Durante o terrível ano de 1942, eu vivia ao sol, em segurança e conforto, e detestava que assim fosse”. É muito verdade: há quem não possa estar bem que vai logo à procura da agitação e do risco.

Também estes coletes amarelos que vivem “em segurança e conforto”, num dos países mais prósperos e bonitos do mundo detestam que assim seja. Semana após semana, fazem o que está ao seu alcance para desestabilizar o país, contestar governantes legitimamente eleitos e contribuir não para melhorar o estado das coisas, mas para derrubar o que existe sem apresentar qualquer alternativa.

Que no movimento haja marginais e energúmenos, que se sentem como peixe na água e se alimentam destes tumultos, parece-me perfeitamente compreensível. Que pessoas minimamente responsáveis continuem a participar, quando a civilização ocidental já enfrenta ameaças de todos os lados, parece-me um perfeito suicídio.

Em Paris, todos os sábados se dá mais um passo em direção ao abismo. E há quem pareça satisfeitíssimo com isso.

Os franceses caminham alegremente para o abismo


Quando vejo, semana após semana, grupos de manifestantes a semear o caos nas belas avenidas e praças de Paris pergunto-me sempre o que motiva aquelas pessoas – se reivindicações legítimas, se o gosto pela desordem e pela destruição gratuita.


Ao fim de 23 sábados consecutivos de protestos o que mais há ainda para reivindicar? O aumento do imposto sobre os combustíveis foi suspenso. Depois das generosas promessas de Macron continuam insatisfeitos?

Curiosamente, quando no início dos protestos ouvi portugueses residentes em França a falar sobre as motivações dos coletes amarelos, todos eles diziam que por lá se vivia muito melhor do que em Portugal – salários mais altos, mais proteção social, melhor funcionamento dos serviços, etc., etc. E, no entanto, eles queixam-se…

Isso fez-me pensar numa frase de Martha Gellhorn, uma correspondente de guerra americana, escritora, aventureira e viajante incansável: “Durante o terrível ano de 1942, eu vivia ao sol, em segurança e conforto, e detestava que assim fosse”. É muito verdade: há quem não possa estar bem que vai logo à procura da agitação e do risco.

Também estes coletes amarelos que vivem “em segurança e conforto”, num dos países mais prósperos e bonitos do mundo detestam que assim seja. Semana após semana, fazem o que está ao seu alcance para desestabilizar o país, contestar governantes legitimamente eleitos e contribuir não para melhorar o estado das coisas, mas para derrubar o que existe sem apresentar qualquer alternativa.

Que no movimento haja marginais e energúmenos, que se sentem como peixe na água e se alimentam destes tumultos, parece-me perfeitamente compreensível. Que pessoas minimamente responsáveis continuem a participar, quando a civilização ocidental já enfrenta ameaças de todos os lados, parece-me um perfeito suicídio.

Em Paris, todos os sábados se dá mais um passo em direção ao abismo. E há quem pareça satisfeitíssimo com isso.