Kevin Hart afinal não vai apresentar os Óscares. Na sequência das críticas de que foi alvo devido a umas declarações, feitas há mais de sete anos, o ator e humorista desistiu de ser o anfitrião da maior noite do cinema.
"Tomei a decisão de renunciar à apresentação dos Óscares deste ano… porque não quero ser uma distração numa noite que deve ser comemorada por tantos artistas talentosos incríveis. Peço as minhas mais sinceras desculpas à comunidade LGBT [Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais ou Transgéneros] pelas minhas palavras insensíveis feitas no passado", escreveu o comediante na sua conta oficial na rede social Twitter.
I have made the choice to step down from hosting this year's Oscar's….this is because I do not want to be a distraction on a night that should be celebrated by so many amazing talented artists. I sincerely apologize to the LGBTQ community for my insensitive words from my past.
— Kevin Hart (@KevinHart4real) December 7, 2018
Em causa está um especial de comédia de Kevin Hart, transmitido em 2010, no qual o ator disse: "Se puder impedir meu filho de ser gay, faço-o".
A organização não-governamental GLAAD, que se dedica a monitorizar a forma como os media retratam a comunidade LGBT, apresentou uma queixa junto do canal de televisão ABC, que transmite a cerimónia, e também na Academia de Artes e Ciências Cinematográficas para "discutir a retórica e o registo anti-LGBT de Kevin".
Antes de renunciar à apresentação, Kevin Hart partilhou um vídeo no Instagram, a explicar que as suas declarações foram feitas há muito tempo.
"Tenho quase 40 anos. Se vocês não acreditam que as pessoas mudam, crescem e evoluem quando ficam mais velhas, não sei o que vos dizer", disse, acrescentando que "o mundo está a ficar mais do que louco".
