O líder do PS acusou, esta terça-feira, o primeiro-ministro de ter fugido, de forma sistemática, ao escrutínio da comunicação social e para Pedro Nuno Santos isso põe em causa a existência de uma democracia saudável.
“Aquilo que nós assistimos nos últimos meses foi uma forma de um governo, de um primeiro-ministro se relacionar com um país que já não é aceitável nos dias de hoje. Não tem a ver só com os casos das últimas semanas”, criticou o secretário-geral socialista, considerando que Luís Montenegro fugiu “sistematicamente do escrutínio da comunicação social”.
As declarações de Pedro Nuno Santos foram feitas, esta terça-feira, Pedro Nuno Santos na abertura de uma sessão intitulada ‘Democracia, Transparência e Direitos Fundamentais’, no âmbito do Manifesto Legislativas 2025.
Segundo o líder do PS, não haverá “uma democracia saudável se os políticos acharem que podem fugir ao escrutínio”.
“Uma das nossas obrigações é estarmos sempre disponíveis para ser escrutinados e para dar todos os esclarecimentos, sempre que há dúvidas, sobre a conduta de qualquer titular de cargo político”, defendeu, sublinhando que “um político não pode fugir nem evitar o escrutínio”.
“Eu próprio já fui escrutinado”, acrescentou.
O líder socialistas fez também questão de dizer que o PS não queria eleições antecipadas. “O primeiro-ministro, neste esforço por evitar o escrutínio, usou a moção de confiança para tentar condicionar um inquérito parlamentar, primeiro a sua própria existência depois condicionar o seu funcionamento”, criticou.