Quatro caças-bombardeiros Rafale largaram esta segunda-feira do porta-aviões francês Charles de Gaulle para atacar o grupo extremista Estado Islâmico na Síria, anunciou, em comunicado, o Ministério da Defesa de França.
“A partir da (…) Jordânia, dois Mirage 2000 da força aérea foram envolvidos na missão. Ao mesmo tempo a partir do porta-aviões, quatro Rafale juntaram-se aos Mirage sobre a Síria”, para atacar um local em Raqa, norte da Síria, precisou.
Até agora, o porta-aviões francês apenas tinha estado envolvido em missões no Iraque.P
Horas antes, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, afirmara que o combate contra o Daesh “tem de ser intensificado”, porque o grupo extremista não está a enfraquecer, mas acabará por ser derrotado.
Em entrevista à televisão norte-americana NBC News a partir de Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos), onde realiza uma visita oficial, John Kerry defendeu a estratégia do Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra o grupo extremista.
“ (A luta) tem de ser intensificada, o ritmo tem de aumentar, e é preciso fazer mais e o mundo entende isso”, afirmou Kerry.
“Não acredito que alguém pense que está a ocorrer suficientemente rápida (a derrota do grupo extremista) e estamos a intensificar as nossas medidas”, acrescentou.
O chefe da diplomacia norte-americana afirmou que o Presidente Barack Obama “tomou decisões importantes”, incluindo colocar mais forças especiais na Síria e deu “passos adicionais”, que não podem ser revelados publicamente.
“Estou absolutamente convencido de que, se dermos mais intensidade ao que já estamos a fazer e com uma frente unida, o Daesh será derrotado”, afirmou.
John Kerry reuniu-se hoje em Abu Dhabi com o príncipe herdeiro Mohamed bin Zaid al Nahian, com que decidiu “acelerar a derrota do grupo extremista Estado Islâmico”.
Na terça-feira, John Kerry inicia uma visita oficial a Israel e à Palestina com baixas perspectivas para relançar o processo de paz entre ambos, mas com o objectivo de convencer uns e outros a alcançar objectivos limitados, incluindo gestos de boa vontade e pôr fim à onda de violência que atinge a zona desde o início de Outubro.
Lusa