Com “um quarto resgate os sacrifícios seriam bem mais duros”

Com “um quarto resgate os sacrifícios seriam bem mais duros”


A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, evocou hoje a experiência do Syriza, na Grécia.


A ministra das Finanças, Maria Luís Albuquerque, evocou hoje a experiência do Syriza, na Grécia, para questionar o que ganharam os gregos com essa experiência e com a “afronta às regras europeias”. Num cenário e que PS, BE e PCP se preparam para derrubar o governo e avançar com um executivo do PS, suportado no parlamento por comunistas e bloquistas, a titular das Finanças fez a pergunta e respondeu: os gregos ficaram mais pobres, menos independentes, mais dependentes do financiamento exterior.

Afirmando que o programa de governo, que hoje se discute pelo segundo dia na Assembleia da República, dá prioridade máxima ao combate às desigualdades sociais e repõe rendimentos com o “gradualismo que a responsabilidade exige”, Maria Luís garantiu que as contas públicas estão em ordem e que o próximo governo não terá desculpas para o fracasso. “Qualquer governo tem hoje a possibilidade de iniciar o seu mandato com conhecimento pleno da realidade orçamental, sem receio de surpresas e sem desculpas para o seu próprio fracasso. Só a oposição não o quer reconhecer", sublinhou.

Maria Luís Albuquerque defendeu que o “último governo socialista levou o país a uma situação de pré-bancarrota” e evocou o cenário de um novo resgate: “Se Portugal se visse obrigado a pedir um novo resgate seria o quarto em menos de 40 anos, os sacrifícios seriam bem mais duros do que aqueles que ficaram para trás”.