Vasco Marques. “Quem não se adaptar rapidamente morre”

Vasco Marques. “Quem não se adaptar rapidamente morre”


Especialista em marketing digital esclarece o i em entrevista exclusiva.


Que transformações podem estas empresas digitais provocar? Transformações gigantes. A inovação, recorrendo a soluções digitais, coloca em causa negócios mais clássicos. Creio que nos próximos anos vamos assistir a muitos mais fenómenos do género. Ainda está muito por fazer. A maioria da população do planeta continua sem acesso à internet. A sua distribuição gratuita, que já está acontecer com o projecto Internet.org em alguns países africanos e de outros continentes, vai fazer com que milhões de pessoas com novas necessidades façam espoletar ainda mais projectos assentes na economia digital, para servir o mundo real.

{relacionados}

Qual a razão destas guerras? Não podem coexistir todos? Em vez de uma guerra, temos de encarar como uma evolução natural de mercado. São os bits a imporem-se aos átomos, numa economia que ainda não era eficiente o suficiente. Tudo tende para a eficiência. O digital torna este equilíbrio ainda mais rápido com uma grande janela de oportunidade para a inovação. Quem não se adaptar rapidamente morre. Está a acontecer muito depressa e não vai desacelerar. 

Quais são as tendências do mercado no futuro? Para onde vamos? Caminhamos para a digitalização dos átomos, para a eficiência, a omnipresença da web: vai ser old fashion dizer “vou-me ligar à web”, porque estaremos sempre ligados. A grande viagem digital está a começar agora. Cada vez mais mobile, mais vídeo, mais realidade virtual, mais vídeo 360, mais informação e big data, mais redes sociais e internet of things. Por outro lado, grande oportunidade de personalização e comunicações altamente segmentadas – marketing one-to-one.

Como se impuseram no mercado as marcas mais recentes? Como competir com uma marca já estabelecida? As grandes marcas ou organizações, por vezes, são pesadas, lentas e pouco criativas (mas claro que isto é discutível, algumas são o oposto). E conquistaram o seu mercado. Startups e uma nova geração de empreendedores testam novas ideias e usam o poder da internet através das redes sociais, tecnologia mobile e meios emergentes, para se posicionarem e testarem novas necessidades. Nem todos estão a saber mergulhar na web e interagir.