Um mês depois da promessa do governo Ribeira de Pena continua sem médicos

Um mês depois da promessa do governo Ribeira de Pena continua sem médicos


300 pessoas manifestaram-se junto ao centro de saúde de Ribeira de Pena para alertar para a falta de médicos.


Há um mês que Ribeira de Pena ainda aguarda pela chegada dos dois médicos prometidos pelo governo, no mesmo dia em que a população local protestou contra a falta de clínicos no concelho, disse esta sexta-feira o presidente da autarquia.

No dia 11 de Setembro, cerca de 300 pessoas manifestaram-se junto ao centro de saúde de Ribeira de Pena, no distrito de Vila Real, para alertar para a falta de médicos para servir os 6.239 utentes do concelho e exigir ao Governo um reforço “urgente” de quatro clínicos.

No mesmo dia, o ministro da Saúde, Paulo Macedo, afirmou que o Centro de Saúde de Ribeira de Pena iria receber em “15 dias” dois médicos de família, para substituir os clínicos que se reformaram em Agosto.

Praticamente um mês depois, o presidente da autarquia, Rui Vaz Alves, disse à agência Lusa que a população continua à espera dos novos médicos e descreveu um cenário “caótico” no centro de saúde, com muitos utentes à espera de consulta ou da subscrição de medicação.

A agência Lusa tentou obter um esclarecimento por parte da Administração Regional de Saúde do Norte, a qual não deu qualquer resposta.

O autarca referiu que diariamente é confrontado com queixas por parte da população local, que quer voltar à rua em protesto contra a falta de clínicos.

O concelho, neste momento, só dispõe de um médico de família na extensão de saúde de Cerva, com 2.457 utentes a seu cargo, ao passo que os restantes 3.782 habitantes do concelho apenas são servidos por um clínico já aposentado.

Rui Vaz Alves disse ainda que teme que este médico reformado "possa querer deixar a actividade, deixando esta unidade de saúde sem qualquer profissional".

A aumentar as preocupações está o facto de se aproximar o outono, altura em que, segundo o presidente, aumenta o número de doenças que afecta esta população, maioritariamente idosa.

Para dar resposta às necessidades do concelho, o autarca defende que os serviços de saúde locais deviam ser reforçados com mais quatro médicos.

Lusa