Lisboa, 19 dez (Lusa) — A Índia deixou de ser portuguesa há exatamente 50 anos, mas “ainda há quem” chame “cobardolas” aos cerca de 3500 militares nacionais que estiveram envolvidos na rendição de Goa.
“Isso incomoda-me bastante”, reconheceu hoje o presidente da Associação Nacional dos Prisioneiros de Guerra, Montez Coelho, durante a cerimónia de homenagem aos soldados mortos em combate nos acontecimentos de 1961, em Goa. “Há pessoas que não nos compreendem”, lamentou, recordando “a superioridade das tropas indianas”, com cerca de “40 mil soldados” e meios aéreos, face aos 3500 militares portugueses que na altura se encontravam no território.
Uma centena de militares, familiares e amigos participou hoje na cerimónia de deposição de uma coroa de flores junto ao Monumento Nacional dos Combatentes, em frente ao Forte do Bom Sucesso, em Belém, Lisboa.