A reunião de mais de quatro décadas da obra de Zetho Cunha Gonçalves (“Noite Vertical”, ed. Maldoror) é um desses raríssimos casos em que o leitor se confronta com uma antologia no sentido mais próprio termo, pois se trata de um exemplaríssimo e fervoroso trabalho de leitura e construção, de combinação e recriação que refaz a poesia segundo o princípio de concentração, apuro e deslocamento, o das palavras ouvidas e ditas, entoadas como se um vento as fizesse vibrar interiormente, num movimento marcado pelo desejo de prolongar-se até à morte desta língua.
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