Visitar o futuro a partir de Cascais


Quando ontem pela madrugada, os novos motoristas, os novos autocarros e o novo operador começaram a rolar nas ruas de Cascais, caminhámos rumo ao futuro.


A ideia de progresso em Cascais é desenhada a partir do indivíduo. É cada pessoa, cada cidadão individualmente considerado, o princípio e o fim de todas as políticas públicas. 

Acreditamos que a urbe do futuro é aquela onde as pessoas têm oportunidade para trabalhar, têm confiança para criar uma família e têm orgulho em viver. É por acreditarmos nestes princípios que a governação em Cascais tem concretizado programas de grande impacto personalista e humanista. 

Num intervalo de um mês, lançámos dois programas que vinham a ser estudados e planeados há mais de um ano, verdadeiramente disruptivos em áreas chave do moderno estado-providência: saúde e mobilidade. Programas que, sem falsas modéstias, são casos de estudo e estão a colocar Cascais na vanguarda das políticas públicas a nível nacional e europeu.

A mobilidade é um dos temas mais quentes na agenda de qualquer decisor político local ou nacional. São imensos os fatores de disrupção no setor. Os veículos elétricos, a mobilidade vertical, as fontes de energia alternativa e a mudança de padrões de deslocações nas cidades são indutores de mudanças brutais. A título de exemplo, a pandemia promoveu o teletrabalho que, por sua vez, reforçou o localismo e o individualismo. Estes padrões podem sugerir que o automóvel é a resposta. Não é. Nem é uma inevitabilidade. O automóvel será sempre parte de qualquer solução de mobilidade mas só voltará a reconquistar o espaço público se os governos se demitirem de reforçar a oferta de transportes. 

Com as cidades a apresentarem ambiciosas metas para a redução de CO2 – incluindo Cascais, com um roteiro para a neutralidade carbónica – e os cidadãos cada vez mais consciencializados para as alterações climáticas, a evolução do transporte público é uma exigência e um caminho de futuro, sobretudo no pós-pandemia. É esse caminho que estamos a fazer à frente de todos os outros. 

Quando, em 2016, constituímos a Autoridade Municipal de Transportes sem esperar pela Área Metropolitana de Lisboa, fizemos história. Quando lançámos um concurso público internacional para a operação de transporte rodoviário, primeiro que todos os outros e com condições inovadoras (como o estabelecimento do preço ao km) que mais tarde viriam a ser replicadas por quem nos criticava, fizemos história. Quando atacámos os lóbis instalados no setor, sendo por isso alvo de uma campanha de desinformação inaceitável, fizemos história. 

Quando, em janeiro de 2020, passamos a ser a primeira autarquia do país – e uma das primeiras da Europa – a tornar gratuita o transporte em autocarro para todos os moradores, trabalhadores e estudantes no concelho, fizemos história. 
Quando ontem pela madrugada, os novos motoristas, os novos autocarros e o novo operador começaram a rolar nas ruas de Cascais, caminhámos rumo ao futuro.

Este 25 de maio marca, assim, uma nova era na mobilidade. Cento e noventa e sete motoristas (temporariamente com trinta cidadãos espanhóis), 96 autocarros novos (zero km) equipados com wi-fi e cctv entraram ao serviço dos cascalenses. Por ano, vão percorrer mais de 7 milhões de km, numa renovada rede com mais carreiras e mais periodicidade, operada por uma das marcas de confiança do transporte de passageiros em Madrid: a Martin, do Grupo Ruíz. 

Colocámos o cidadão, o seu conforto e a necessidade de dar bom uso ao seu tempo, no centro da operação. Mais do que transportar pessoas, esta nova revolução na mobilidade promete fazer de cada pessoa o destinatário de um serviço que deve ser prestado com pontualidade, fiabilidade, cortesia e responsabilidade. É a pessoa, não o prestador de serviço, o centro da rede. 

Outra área onde Cascais está a pilotar o processo de transformação é a saúde. Há poucas áreas mais propícias à disrupção. A qualidade de serviço, rapidez, experiência do utilizador e comodidade podem ser radicalmente incrementadas na saúde. Lançámos no dia 20 de abril o “Vida Cascais”. Este programa faz uso das novas tecnologias digitais para providenciar serviços de saúde gratuitos para todos os cidadãos do concelho. Teleconsultas de medicina geral e familiar, bem como teleconsultas de pediatria, 24 horas por dia e 365 dias por semana, representam um incremento de flexibilidade e conforto sem precedentes. Até os medicamentos são enviados para casa, para o conforto do utilizador ser absoluto. Apenas em casos avaliados como de necessidade, o cidadão precisará de se deslocar ao hospital.

Na maior parte dos casos, com este programa, eliminam-se ineficiências, anulam-se atividades consumidoras de tempo, libertam-se recursos e desonera-se os serviços de saúde. Mais uma vez, e tal como nos transportes, o poder está a rodar dos operadores de saúde para os pacientes, dos serviço para o utilizador. Esta é uma mudança de filosofia profundíssima mas que está alinhada com o espírito de solidariedade e valores humanistas que se impõem num tempo de choques tectónicos na nossa vida coletiva. 

Dizer-se que o mundo está a mudar é um truísmo. Sempre mudou e há de sempre mudar. A diferença está no facto de agora mudar com muito mais velocidade e com graus de incerteza exponenciais. Os territórios que não compreenderem o mundo em que vivemos hoje, não conseguirão ser competitivos amanhã. Ou lideramos a mudança ou somos liderados por ela. Em Cascais, preferimos ser livres de escolher o nosso próprio caminho. 

Visitar o futuro a partir de Cascais


Quando ontem pela madrugada, os novos motoristas, os novos autocarros e o novo operador começaram a rolar nas ruas de Cascais, caminhámos rumo ao futuro.


A ideia de progresso em Cascais é desenhada a partir do indivíduo. É cada pessoa, cada cidadão individualmente considerado, o princípio e o fim de todas as políticas públicas. 

Acreditamos que a urbe do futuro é aquela onde as pessoas têm oportunidade para trabalhar, têm confiança para criar uma família e têm orgulho em viver. É por acreditarmos nestes princípios que a governação em Cascais tem concretizado programas de grande impacto personalista e humanista. 

Num intervalo de um mês, lançámos dois programas que vinham a ser estudados e planeados há mais de um ano, verdadeiramente disruptivos em áreas chave do moderno estado-providência: saúde e mobilidade. Programas que, sem falsas modéstias, são casos de estudo e estão a colocar Cascais na vanguarda das políticas públicas a nível nacional e europeu.

A mobilidade é um dos temas mais quentes na agenda de qualquer decisor político local ou nacional. São imensos os fatores de disrupção no setor. Os veículos elétricos, a mobilidade vertical, as fontes de energia alternativa e a mudança de padrões de deslocações nas cidades são indutores de mudanças brutais. A título de exemplo, a pandemia promoveu o teletrabalho que, por sua vez, reforçou o localismo e o individualismo. Estes padrões podem sugerir que o automóvel é a resposta. Não é. Nem é uma inevitabilidade. O automóvel será sempre parte de qualquer solução de mobilidade mas só voltará a reconquistar o espaço público se os governos se demitirem de reforçar a oferta de transportes. 

Com as cidades a apresentarem ambiciosas metas para a redução de CO2 – incluindo Cascais, com um roteiro para a neutralidade carbónica – e os cidadãos cada vez mais consciencializados para as alterações climáticas, a evolução do transporte público é uma exigência e um caminho de futuro, sobretudo no pós-pandemia. É esse caminho que estamos a fazer à frente de todos os outros. 

Quando, em 2016, constituímos a Autoridade Municipal de Transportes sem esperar pela Área Metropolitana de Lisboa, fizemos história. Quando lançámos um concurso público internacional para a operação de transporte rodoviário, primeiro que todos os outros e com condições inovadoras (como o estabelecimento do preço ao km) que mais tarde viriam a ser replicadas por quem nos criticava, fizemos história. Quando atacámos os lóbis instalados no setor, sendo por isso alvo de uma campanha de desinformação inaceitável, fizemos história. 

Quando, em janeiro de 2020, passamos a ser a primeira autarquia do país – e uma das primeiras da Europa – a tornar gratuita o transporte em autocarro para todos os moradores, trabalhadores e estudantes no concelho, fizemos história. 
Quando ontem pela madrugada, os novos motoristas, os novos autocarros e o novo operador começaram a rolar nas ruas de Cascais, caminhámos rumo ao futuro.

Este 25 de maio marca, assim, uma nova era na mobilidade. Cento e noventa e sete motoristas (temporariamente com trinta cidadãos espanhóis), 96 autocarros novos (zero km) equipados com wi-fi e cctv entraram ao serviço dos cascalenses. Por ano, vão percorrer mais de 7 milhões de km, numa renovada rede com mais carreiras e mais periodicidade, operada por uma das marcas de confiança do transporte de passageiros em Madrid: a Martin, do Grupo Ruíz. 

Colocámos o cidadão, o seu conforto e a necessidade de dar bom uso ao seu tempo, no centro da operação. Mais do que transportar pessoas, esta nova revolução na mobilidade promete fazer de cada pessoa o destinatário de um serviço que deve ser prestado com pontualidade, fiabilidade, cortesia e responsabilidade. É a pessoa, não o prestador de serviço, o centro da rede. 

Outra área onde Cascais está a pilotar o processo de transformação é a saúde. Há poucas áreas mais propícias à disrupção. A qualidade de serviço, rapidez, experiência do utilizador e comodidade podem ser radicalmente incrementadas na saúde. Lançámos no dia 20 de abril o “Vida Cascais”. Este programa faz uso das novas tecnologias digitais para providenciar serviços de saúde gratuitos para todos os cidadãos do concelho. Teleconsultas de medicina geral e familiar, bem como teleconsultas de pediatria, 24 horas por dia e 365 dias por semana, representam um incremento de flexibilidade e conforto sem precedentes. Até os medicamentos são enviados para casa, para o conforto do utilizador ser absoluto. Apenas em casos avaliados como de necessidade, o cidadão precisará de se deslocar ao hospital.

Na maior parte dos casos, com este programa, eliminam-se ineficiências, anulam-se atividades consumidoras de tempo, libertam-se recursos e desonera-se os serviços de saúde. Mais uma vez, e tal como nos transportes, o poder está a rodar dos operadores de saúde para os pacientes, dos serviço para o utilizador. Esta é uma mudança de filosofia profundíssima mas que está alinhada com o espírito de solidariedade e valores humanistas que se impõem num tempo de choques tectónicos na nossa vida coletiva. 

Dizer-se que o mundo está a mudar é um truísmo. Sempre mudou e há de sempre mudar. A diferença está no facto de agora mudar com muito mais velocidade e com graus de incerteza exponenciais. Os territórios que não compreenderem o mundo em que vivemos hoje, não conseguirão ser competitivos amanhã. Ou lideramos a mudança ou somos liderados por ela. Em Cascais, preferimos ser livres de escolher o nosso próprio caminho.