O Comment Crew, grupo chinês de hackers militares financiado em parte pelo regime de Pequim, foi ontem acusado de roubar dados do sistema israelita de defesa antimísseis Cúpula de Ferro, que é financiado pelos Estados Unidos da América.
O grupo, fundado pelo Exército para a Libertação da China mas que os analistas dizem operar fora do território chinês, é acusado de ter roubado, durante 2011 e 2012, “quantidades enormes de dados sensíveis” sobre o Iron Dome, que defende o território israelita da maior parte dos rockets disparados por movimentos palestinianos da Faixa de Gaza como o Hamas e a Jihad Islâmica.
As acusações de roubo foram feitas pelo grupo de ciber-segurança Cyber Engineering Services e divulgadas pelo analista independente Brian Krebs no seu blogue pessoal. De acordo com o relatório, grupos israelitas ligados ao escudo antimísseis, como o Israel Aerospace Industries, o Rafael Advanced Defence Systems e o Elisra, foram alvo dos ataques, que permitiram aos hackers chineses roubar documentos técnicos detalhados sobre a forma como o sistema é operado.
O Cúpula de Ferro é um complexo escudo antimísseis de alta tecnologia capaz de disparar mísseis e de interceptar rockets e morteiros de artilharia que sejam disparados de entre quatro a 70 quilómetros de distância do alvo.
Criado e implementado com uma ajuda inicial de mil milhões de dólares fornecida pelos EUA, a notícia de que empresas ligadas ao sistema foram alvo de hackers surge menos de uma semana depois de a administração norte-americana ter anunciado que vai, nas palavras de susan Rice, conselheira de segurança nacional, “mais que redobrar” o investimento no Cúpula de Ferro em 2015.
