Asfixia de esquerda


O programa de asfixia económica e empobrecimento cívico e social patrocinado pelas esquerdas tem e terá, forçosamente, de ter uma resposta que defenda os portugueses num programa liderado pelo PSD e pelas forças socais livres


A questão não é quando, se ou como é que o governo falha. Já falhou. Não é preciso o regresso da troika ou a queda do governo para que a governação seja fracassada. A melhor medida do falhanço foi, de resto, colocada pelo próprio António Costa. Em novembro de 2015, o então líder do PS derrubava o governo do partido vencedor das eleições com a promessa de um “tempo novo” para “as famílias, os trabalhadores e as empresas”, “para a economia e para o emprego”, “para o Estado e para os serviços públicos” e, entre vários ‘tempos novos’ para todos os gostos. Esse é o tempo de quem ninguém vê sinais. É o tempo que não chega nunca mais. Pilotando uma troika de esquerdas, Costa perfilhou, e cito essa relíquia que é o seu discurso de tomada de posse, “um programa claramente apostado no virar de página da austeridade, e orientado para mobilizar Portugal e os Portugueses num triplo propósito: mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade.” Costa tem quase um ano de governação. Hoje há menos e não mais crescimento, há menos (e dificilmente melhor) emprego. E a igualdade não passa de verbo que as esquerdas monopolizaram. Nenhum dos anteriores é um conceito abstrato.

Menos crescimento económico significa que os portugueses que dependem do seu trabalho não vêm a sua vida melhorar, que as famílias não podem sonhar e que as empresas não conseguem prosperar. Menos emprego significa que os portugueses mais vulneráveis estão ainda mais expostos às fragilidades de um Estado cada vez menos Social. Menos é o sinal colado como uma lapa ao país do governo das esquerdas. 

É claro que vai sempre haver um ou outro indicador que sirva para o governo gritar sucesso. Por estes dias quase todos os ministros exibem o défice (aparentemente) bem comportado como um desses exemplos. Mas que raio: Costa não ganhou eleições a fazer juras de amor ao défice (na verdade perdeu-as, não só mas também, por que as suas propostas ameaçavam estoirar com ele). Tirar umas décimas ao défice são serviços mínimos para qualquer governo. Coisa bem diferente foi o que Costa prometeu: pôr Portugal a crescer a 3% ao ano (no cenário dos sábios) ou 1,8% no programa de governo. Vamos em menos de um terço do primeiro compromisso e pela metade no segundo. 

António Costa prometeu-nos um tempo novo. Mas tudo o que conseguiu foi fazer-nos regressar ao tempo velho: do endividamento galopante, do investimento que foge, da desconfiança que cresce. 

O Governo não tem estratégia. Metade dos ministros não existe. E o Estado não faz (porque não tem) nem deixa os privados fazer (por cegueira ideológica). Portugal ou está parado ou anda para trás. Para a frente é que não é caminho para esta gente. E o futuro não é por aí. 

A questão não é quando, se ou como é que o governo falha. Já falhou. A questão é saber se a coligação ultraconservadora das esquerdas nos vai tirar da pantanosa estagnação em que nos meteu. É que não suportaremos mais três anos de empobrecimento do país e de divergência face à Europa. Confiante na autossuficiência que gerou o governo, a coligação das esquerdas não hesitará em continuar a sacrificar o país no altar dos programas estatizantes, paternalistas e coletivistas – os adoradores de Maduro são habitués no gabinete do PM. 

 O programa de asfixia económica e empobrecimento cívico e social patrocinado pelas esquerdas tem e terá, forçosamente, de ter uma resposta que defenda os portugueses num programa liderado pelo PSD e pelas forças socais livres. Como bem tem assinalado o Presidente da República, há, de facto, dois projetos políticos para o país. Eles são evidentes: o PS e as esquerdas radicais têm fé no poder absoluto do Estado; o PSD acredita no poder transformador dos indivíduos, a coligação ultraconservadora taxa o mérito e a competência para que todos os indivíduos partilhem irrealizáveis condições de igualdade à chegada, o PSD quer garantir uma igualdade realista à partida para que a liberdade, o trabalho e o mérito individual façam o resto; o governo das esquerdas patrocina a maior carga fiscal registada porque crê que as pessoas têm o dever de sustentar o Estado, o PSD defende que é o Estado que deve servir as pessoas. 

Há quem queira estatizar a economia e hostilizar a iniciativa privada. E há quem lute por uma economia democrática, sustentável e respeitadora do contrato entre gerações, que dá a todos uma justa oportunidade de realizar o seu projeto de felicidade. 

Estas duas visões para o país não são conciliáveis nem complementares. Por isso não faz, nem fará sentido que o PSD alguma vez venha a servir de muleta ao governo. O PSD é a alternativa à asfixia alimentada pelo frentismo da esquerda. 
 
PS: Esmagadora a vitória do MpD nas autárquicas em Cabo Verde, com a conquista de 19 em 22 câmaras. Isto representou mais cinco autarquias nas mãos do MpD face à eleição anterior e o aumento da vantagem face ao PAICV, que em queda acentuada passou de 6 para duas câmaras, que com menos votos que um movimento independente deixando de ser a segunda força política.  

Escreve à quarta-feira


Asfixia de esquerda


O programa de asfixia económica e empobrecimento cívico e social patrocinado pelas esquerdas tem e terá, forçosamente, de ter uma resposta que defenda os portugueses num programa liderado pelo PSD e pelas forças socais livres


A questão não é quando, se ou como é que o governo falha. Já falhou. Não é preciso o regresso da troika ou a queda do governo para que a governação seja fracassada. A melhor medida do falhanço foi, de resto, colocada pelo próprio António Costa. Em novembro de 2015, o então líder do PS derrubava o governo do partido vencedor das eleições com a promessa de um “tempo novo” para “as famílias, os trabalhadores e as empresas”, “para a economia e para o emprego”, “para o Estado e para os serviços públicos” e, entre vários ‘tempos novos’ para todos os gostos. Esse é o tempo de quem ninguém vê sinais. É o tempo que não chega nunca mais. Pilotando uma troika de esquerdas, Costa perfilhou, e cito essa relíquia que é o seu discurso de tomada de posse, “um programa claramente apostado no virar de página da austeridade, e orientado para mobilizar Portugal e os Portugueses num triplo propósito: mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade.” Costa tem quase um ano de governação. Hoje há menos e não mais crescimento, há menos (e dificilmente melhor) emprego. E a igualdade não passa de verbo que as esquerdas monopolizaram. Nenhum dos anteriores é um conceito abstrato.

Menos crescimento económico significa que os portugueses que dependem do seu trabalho não vêm a sua vida melhorar, que as famílias não podem sonhar e que as empresas não conseguem prosperar. Menos emprego significa que os portugueses mais vulneráveis estão ainda mais expostos às fragilidades de um Estado cada vez menos Social. Menos é o sinal colado como uma lapa ao país do governo das esquerdas. 

É claro que vai sempre haver um ou outro indicador que sirva para o governo gritar sucesso. Por estes dias quase todos os ministros exibem o défice (aparentemente) bem comportado como um desses exemplos. Mas que raio: Costa não ganhou eleições a fazer juras de amor ao défice (na verdade perdeu-as, não só mas também, por que as suas propostas ameaçavam estoirar com ele). Tirar umas décimas ao défice são serviços mínimos para qualquer governo. Coisa bem diferente foi o que Costa prometeu: pôr Portugal a crescer a 3% ao ano (no cenário dos sábios) ou 1,8% no programa de governo. Vamos em menos de um terço do primeiro compromisso e pela metade no segundo. 

António Costa prometeu-nos um tempo novo. Mas tudo o que conseguiu foi fazer-nos regressar ao tempo velho: do endividamento galopante, do investimento que foge, da desconfiança que cresce. 

O Governo não tem estratégia. Metade dos ministros não existe. E o Estado não faz (porque não tem) nem deixa os privados fazer (por cegueira ideológica). Portugal ou está parado ou anda para trás. Para a frente é que não é caminho para esta gente. E o futuro não é por aí. 

A questão não é quando, se ou como é que o governo falha. Já falhou. A questão é saber se a coligação ultraconservadora das esquerdas nos vai tirar da pantanosa estagnação em que nos meteu. É que não suportaremos mais três anos de empobrecimento do país e de divergência face à Europa. Confiante na autossuficiência que gerou o governo, a coligação das esquerdas não hesitará em continuar a sacrificar o país no altar dos programas estatizantes, paternalistas e coletivistas – os adoradores de Maduro são habitués no gabinete do PM. 

 O programa de asfixia económica e empobrecimento cívico e social patrocinado pelas esquerdas tem e terá, forçosamente, de ter uma resposta que defenda os portugueses num programa liderado pelo PSD e pelas forças socais livres. Como bem tem assinalado o Presidente da República, há, de facto, dois projetos políticos para o país. Eles são evidentes: o PS e as esquerdas radicais têm fé no poder absoluto do Estado; o PSD acredita no poder transformador dos indivíduos, a coligação ultraconservadora taxa o mérito e a competência para que todos os indivíduos partilhem irrealizáveis condições de igualdade à chegada, o PSD quer garantir uma igualdade realista à partida para que a liberdade, o trabalho e o mérito individual façam o resto; o governo das esquerdas patrocina a maior carga fiscal registada porque crê que as pessoas têm o dever de sustentar o Estado, o PSD defende que é o Estado que deve servir as pessoas. 

Há quem queira estatizar a economia e hostilizar a iniciativa privada. E há quem lute por uma economia democrática, sustentável e respeitadora do contrato entre gerações, que dá a todos uma justa oportunidade de realizar o seu projeto de felicidade. 

Estas duas visões para o país não são conciliáveis nem complementares. Por isso não faz, nem fará sentido que o PSD alguma vez venha a servir de muleta ao governo. O PSD é a alternativa à asfixia alimentada pelo frentismo da esquerda. 
 
PS: Esmagadora a vitória do MpD nas autárquicas em Cabo Verde, com a conquista de 19 em 22 câmaras. Isto representou mais cinco autarquias nas mãos do MpD face à eleição anterior e o aumento da vantagem face ao PAICV, que em queda acentuada passou de 6 para duas câmaras, que com menos votos que um movimento independente deixando de ser a segunda força política.  

Escreve à quarta-feira