Pharol. Acções disparam com novo rumor de fusão iminente da Oi/TIM

Pharol. Acções disparam com novo rumor de fusão iminente da Oi/TIM


Empresa que reúne os restos da outrora hegemónica PT valorizou graças a rumores que surgiram horas depois de recompra de acções.


As acções da Pharol, empresa que junta a participação naOi da antiga Portugal Telecom, dispararam ontem mais de 23% (sete cêntimos), culpa do regresso do rumor de que as operadoras brasileiras Oi e TIM estavam na iminência de uma fusão. Este rumor tem sido recorrente no último ano e meio e vai servindo para impulsionar as acções destas operadoras. 

A revista“Valor Económico” voltou ao tema na sua edição, anunciando que já havia bancos mandatados para negociar em nome da Oi a fusão com a TIM. Em causa, o facto de a operadora Oi continuar falida mesmo depois de ter absorvido a maioria dos activos da PTquase sem esforço financeiro e de os ter vendido a troco de mais de 5,5 mil milhões de euros à francesa Altice – os accionistas da PTaceitaram receber pelos activos daPTuma fatia de 27,5% da Oi, empresa que hoje o mercado avalia em 675 milhões de euros por 100%.

Apesar do impacto da notícia da “Valor Económico” nas bolsas, certo é que só depois do fecho do mercado em Lisboa a mesma foi desmentida:a TIM negou estar a negociar a fusão com a Oi, admitindo, porém, estar “atenta a quaisquer oportunidades potenciais de mercado”. Tarde demais:depois do dia todo a alimentar-se do rumor, a Pharol acabou a valorizar 23,6%, fazendo as delícias de vários investidores – vários deles ainda agarrados a um título que desde o início do ano e até anteontem estava a perder quase 80%. Na base da valorização esteve também o anúncio da administração daPharol de que vai propor uma recompra de até 7,7% de acções próprias – ferramenta utilizada até à exaustão porZeinal Bava para apaziguar accionistas. Apenas na sessão de ontem foram negociados 47 milhões de acções da Pharol.

Processos No início deste mês, a Pharol anunciou a entrada no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa da primeira acção contra os ex-administradores Henrique Granadeiro, Pacheco de Melo e Amílcar Pires, devido aos investimentos na Rioforte – acções legais aprovadas em assembleia–geral de accionistas, mas que deixaram Zeinal Bava de fora da lista dos responsáveis pela hecatombe da PT. A acção reclama uma “indemnização correspondente à diferença entre o valor de 897 milhões de euros e aquele que a Pharol vier a receber no âmbito do processo de insolvência da Rioforte”.