Marktest ainda vai medir as audiências de TV ao longo de Janeiro


A empresa que mede as audiências televisivas em Portugal, desde 1998, vai continuar a fazê-lo, pelo menos até ao fim de Janeiro a pedido da Comissão de Análise de Estudos do Meio (CAEM), sabe o i. A razão prende-se com os eventuais atrasos que a nova empresa seleccionada, a GFK, está a encontrar para implementar…


A empresa que mede as audiências televisivas em Portugal, desde 1998, vai continuar a fazê-lo, pelo menos até ao fim de Janeiro a pedido da Comissão de Análise de Estudos do Meio (CAEM), sabe o i. A razão prende-se com os eventuais atrasos que a nova empresa seleccionada, a GFK, está a encontrar para implementar os mil audímetros necessários para aquelas medições.

Segundo o “Jornal de Negócios”, a razão dos atrasos por parte da GFK devem-se ao facto de só estarem, até agora, instalados apenas 700 audímetros, acrescidos de questões técnicas de software e hardware. Mas o concurso, decidido em Maio, permite um trimestre de atraso, pelo que a GFK só entrará em incumprimento caso não tenha o sistema todo montado até ao fim de Março. Ao concurso concorreram empresas como a GFK, a Marktest, a Nielsen e a TNS.

Na altura da divulgação dos resultados, ficou-se a saber que a GFK apresentou a melhor proposta, mas que a Marktest tinha obtido o melhor resultado no campo técnico. Em declarações na altura à Lusa, o director-geral da GFK, António Salvador, afirmava que “é um grande desafio e é com responsabilidade que o aceitamos. Esperamos ter capacidade de resposta”. O contrato é válido até Dezembro de 2016.

O concurso deu então polémica, com a Marktest, que terá sido apanhada de surpresa face ao resultado final, a apresentar uma queixa na Autoridade da Concorrência, relativa à decisão CAEM. Esta entidade respondeu que “o mercado também validou a escolha”, ao aceitar os pressupostos do caderno de encargos.

Na Suíça acontece o inverso Ao mesmo tempo que sucede esta questão em Portugal, a GFK e a Marktest estão, de forma indirecta, envolvidas numa situação parecida, mas na Suíça, país originário da casa-mãe da GFK.

É que as audiências televisivas naquele país vão passar a ser medidas pela Kantar Media, empresa que detém 40% do capital social da Marktest, estando os restantes 60% em mãos portuguesas. Mas a curiosidade é que era a GFK que media as audiências desde 1985. E a razão para esta troca, segundo foi revelado ao i, está ligada com o tipo de audímetros que são usados naquele país.

Aquando dda divulgação do resultado final do concurso, ficou decidido que o novo sistema, que já terá em conta novas especificidades técnicas, seria implementado ao longo do primeiro trimestre de 2011, com a previsão de que no final do ano o sistema estaria a funcionar devidamente.