Fim da linha em Rijeka


Vencedor da Taça de Portugal, o Vitória de Guimarães é o único participante nacional a garantir a qualificação para a Liga Europa e até arranca bem (4-0 ao Rijeka), muito bem (1-1 em Lyon). O pior vem depois com duas derrotas vs. Betis e agora o empate em Rijeka. A uma jornada do fim, o…


Vencedor da Taça de Portugal, o Vitória de Guimarães é o único participante nacional a garantir a qualificação para a Liga Europa e até arranca bem (4-0 ao Rijeka), muito bem (1-1 em Lyon). O pior vem depois com duas derrotas vs. Betis e agora o empate em Rijeka. A uma jornada do fim, o Vitória já está afastado da próxima fase, os 16 avos-de-final.

A viagem do Vitória até à Croácia não é das mais fáceis de digerir. Na parte final do voo desde o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, a turbulência é enorme e os sustos inevitáveis. À chegada, só o bom humor do treinador Rui Vitória desanuvia o ambiente. “É verdade que a viagem de avião não foi tranquila mas quem ultrapassou isto fica já preparado para amanhã.”

O amanhã é o hoje, é o dia do jogo com o Rijeka, o 32.º dos vitorianos fora de casa nas provas europeias. No currículo, apenas uma vitória (1-0 de Saganowski ao Wisla Cracóvia na era Jaime Pacheco em 2005) entre sete empates e 24 derrotas, algumas delas traumáticas como o 5-1 do Southampton em 1969 e o 5-0 do Aston Villa em 1983.

O Vitória cresce, amadurece e já não se permite a esses números. Em Rijeka, o nulo até é injusto porque o Vitória é quem mais procura a baliza adversária (6-5 em remates no tiro ao alvo) e é também o Vitória quem encosta o Rijeka às cordas nos últimos dez minutos, algo pouco habitual para um visitante. Aliás, o golo só lhe foge aos 89’ porque o guarda-redes Cargic opõe-se com galhardia a um pontapé de Tomané.

Por essa altura, só a vitória interessa ao Vitória, culpa do golo de Gomis no Lyon-Betis. Com o 1-0 dos franceses, o Betis tem apenas três pontos de avanço sobre o Vitória mas ainda assim suficientes para a última jornada, graças aos resultados do confronto directo (2-1 cá, 1-0 lá), a primeira regra de desempate.

Sem força para o andamento dos minhotos, o Rijeka defende-se como pode e mantém o 0-0. No fim de contas, o 3.º classificado da liga croata acaba invencível a fase de grupos em casa, após o duplo 1-1 com Betis e Lyon. O seu melhor marcador Kramaric (autor de oito golos num 11-0 para a Taça em Outubro) nem toca na bola com a exemplar marcação de Abdoulaye – o mesmo acontece no outro lado com o irrequieto Maazou. Daí o 0-0.