Marcelo pede bom senso na aplicação da Constituição para que não haja “sensação de guerra” entre poderes

Marcelo pede bom senso na aplicação da Constituição para que não haja “sensação de guerra” entre poderes


“Cidadãos tanto podem perder a confiança se se convencerem que há instituições que vão longe de mais na sua forma de atuação, como que há instituições que aparecem como querendo fugir a um controlo a um escrutínio”, defende chefe de Estado.


O Presidente da República alertou, esta quarta-feira, para a necessidade de bom senso na aplicação da Constituição pelos poderes político e judicial para evitar "que haja por causa do que quer que seja problemas na separação de poderes".

Em declarações aos jornalistas, depois de uma visita à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras, Marcelo Rebelo de Sousa sublinhou que cada órgão deve exercer “os seus poderes não dando a sensação aos portugueses de que há uma espécie de guerra ou de luta entre aquilo que são os responsáveis políticos, nomeadamente eleitos pelo povo, e aqueles que funcionam em termos de investigação judicial".

Questionado mais diretamente sobre as buscas a instalações do PSD e à casa de Rui Rio, o chefe de Estado preferiu não comentar o caso especificamente, nem as declarações do presidente da Assembleia da República, que considerou que o país assistiu a um crime em direto.

"O que está em causa é que a Constituição funcione bem, que o Estado de direito seja respeitado e que haja confiança nas instituições por parte dos cidadãos", disse Marcelo Rebelo de Sousa.

“Os cidadãos tanto podem perder a confiança se se convencerem que há instituições que vão longe de mais na sua forma de atuação, como que há instituições que aparecem como querendo fugir a um controlo a um escrutínio, ou a verem-se envolvidas em querelas acerca dos limites das suas competências. Tudo isso exige uma coisa fundamental que se chama aplicação da Constituição com bom senso", acrescentou.