Pressão nos hospitais? Presidente da República diz que são injustas para as pessoas

Pressão nos hospitais? Presidente da República diz que são injustas para as pessoas


“Temos de fazer um esforço para evitar ruturas e para superar as ruturas porque o que está em causa são pessoas”, sublinhou o Presidente da República quando questionado sobre o caso da grávida que perdeu o bebé a caminho do Hospital Distrital de Santarém. 


O Presidente da República frisou, esta sexta-feira, que o setor da Saúde tem de “fazer um esforço para evitar e superar as ruturas”, uma vez que nestes momentos de pressão são as pessoas que fica em risco. 

A afirmação de Marcelo Rebelo de Sousa surge quando é questionado sobre o caso da grávida que perdeu o bebé a caminho do Hospital Distrital de Santarém (HDS).

"Temos de fazer um esforço para evitar ruturas e para superar as ruturas porque o que está em causa são pessoas", sublinhou.

Para o chefe de Estado, ultrapassar as falhas nos serviços de saúde pública é “um esforço de todos – naturalmente do Estado, do poder local, de outras instituições, dos próprios profissionais que já estão cansados”.

No entanto, notou que “não é justo que as pessoas venham a sofrer por causa de uma pressão maior e, ainda por cima, desigual, que prejudica mais uns do que outros: e são sempre os mais pobres", evidenciou no final da 5.ª edição do EurAfrican Fórum, em Carcavelos.

Ainda assim, Marcelo reconheceu que o que está a pedir é “um esforço difícil” e “contínuo”, dado que o Sistema Nacional de Saúde (SNS) está "muito sobre pressão ainda por causa da pandemia" e dos serviços que foram afetados indiretamente, nomeadamente os de obstetrícia e ginecologia em vários pontos do país, motivando fechos temporários dessas urgências.

"Sei que é difícil o reajustamento, eu sei que há férias e que as pessoas têm direito às suas férias, eu sei que há questões por resolver importantes no futuro do Serviço Nacional de Saúde, a começar no decreto de lei do Governo que espero que venha rapidamente para promulgação", adiantou.

Desta forma, o chefe de Estado deixou um recado ao Governo, ao reiterar aquilo que “disse há dois meses”: é preciso "que se trabalhe para resolver os problemas que estão pendentes e evitar outros porque a seguir a agosto ainda há setembro".

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