António Costa furioso quer saber quem deu a lista

António Costa furioso quer saber quem deu a lista


Gabinete do PM está isento de suspeitas, assim como os novos ministros e os que foram reconduzidos.


António Costa falou publicamente em ‘irritação’ – «Se o Presidente da República está irritado, eu também estou» – mas o Nascer do SOL sabe que o primeiro-ministro ficou ‘furioso’ com a divulgação da lista com a composição dos novo Governo antes da audiência formal em Belém, que Marcelo Rebelo de Sousa acabaria por desconvocar na sequência das notícias entretanto veiculadas por vários órgãos de comunicação social.

E o Nascer do SOL apurou também que Costa deu ordens aos membros do seu gabinete para efetuarem as diligências que fossem necessárias para apurar o responsável pela fuga de informação que «estragou o dia».

A formação do Governo, tal como Nascer do SOL avançou em manchete há semanas, foi feita ‘à Cavaco’: o primeiro-ministro em exercício e indigitado definiu a orgânica, sondou os potenciais ministros e formou o novo Governo no maior dos segredos – que só o Nascer do SOL e o i foram ousando quebrar conforme pode confirmar-se pela confrontação das suas edições desde as eleições legislativas e o Governo que será empossado.

Costa tem a garantia de que a fuga de informação – com a lista completa dos novos ministros e apenas com o nome trocado de André Moz Caldas em vez de Pedro Adão e Silva, que será o futuro ministro da Cultura – não partiu do seu gabinete.

E o primeiro-ministro também sabe que também não foi nenhum dos novos ministros a passar a informação aos jornalistas, pela simples razão de que a fuga de informação ocorreu imediatamente a seguir ao Conselho de Ministros em que António_Costa comunicou internamente e pela primeira vez o novo elenco. Assim sendo, os novos ministros, que obviamente não estiveram na última reunião do Conselho de Ministros do Governo em fim de funções, não conheciam a lista completa dos futuros colegas.

Finalmente, Costa sabe igualmente que também não partiu de nenhum dos ministros reconduzidos, porque, tendo seguido a ‘cartilha’ de Cavaco, estes sabiam bem que deixariam de o ser a partir do momento em que dissessem para o exterior o que quer que fosse.

Deste modo, a lista de ‘suspeitos’ fica muito reduzida e, naturalmente, os ministros preteridos estão no topo da mesma. Sendo que o ‘engano’ no nome do ministro da Cultura (as televisões continuaram a dar André Moz Caldas em vez de Adão e Silva) pode ter sido propositado para afastar os holofotes de quem tinha a lista toda: os presentes na reunião do Conselho de Ministros.