Alexei Navalny vence prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento

Alexei Navalny vence prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento


O prémio é atribuído pelo Parlamento Europeu. O principal opositor do regime de Putin foi escolhido pela sua “grande coragem nas suas tentativas de restaurar a liberdade de escolha do povo russo”.


O opositor russo Alexei Navalny, detido desde janeiro, venceu o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento de 2021, atribuído pelos membros do Parlamento Europeu.

Em comunicado, a vice-presidente do Parlamento Europeu, a finlandesa Heide Hautala, justificou a decisão com a “grande coragem” que Navalny mostrou “nas suas tentativas de restaurar a liberdade de escolho do povo russo”.

“Durante muitos anos lutou pelos direitos humanos e liberdades fundamentais no seu país. Isto custou-lhe a sua liberdade e quase a sua vida”, acrescentou.

O Parlamento Europeu pediu ainda a “libertação imediata e incondicional” do opositor do regime de Putin e sublinhou que “todo o assédio, intimidação e ataques contra a oposição, a sociedade civil e os media, pelas autoridades russas, devem parar”.

Na rede social Twitter, o presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, reiterou os apelos da sua vice-presidente. "Ao atribuir o Prémio Sakharov a Alexei Navalny, reconhecemos a sua imensa coragem pessoal e reiteramos o apoio inabalável do Parlamento Europeu à sua libertação imediata. O prémio de hoje reconhece a sua imensa bravura e reiteramos os nossos apelos à sua libertação imediata", escreveu.

Alexei @navalny is the winner of this year's #SakharovPrize. He has fought tirelessly against the corruption of Vladimir Putin's regime. This cost him his liberty and nearly his life. Today's prize recognises his immense bravery and we reiterate our call for his immediate release pic.twitter.com/Jox7I280kz

— David Sassoli (@EP_President) October 20, 2021

Recorde-se que o Navalny, de 45 anos, foi detido em janeiro e condenado a dois anos e oito meses de prisão por ter violado os termos de uma pena a que fora sentenciado em 2014. Em agosto, foi ainda acusado de “atentado à identidade e aos direitos dos cidadãos”, crime passível de três anos de prisão.