Provocará a derrocada da Evergrande um terramoto global?


Três semanas depois dos acontecimentos em Kunming, a chinesa Evergrande, um gigantesco império com a atividade dispersa por vários setores, ameaça ruir com o mesmo estrondo, em virtude da mesma bolha imobiliária.


A 27 de agosto, quinze torres de habitação inacabadas, com mais de 20 andares cada uma, foram demolidas na cidade de Kunming, a capital da província de Yunnan, na China.

Aquilo que estava há cerca de oito anos para ser construído precisou apenas de 4,5 toneladas de explosivos e cerca de 45 segundos para desabar como um castelo de cartas. Na origem da demolição esteve a falência da promotora imobiliária daquele complexo, que não conseguiu que a procura acompanhasse tanta oferta.

Três semanas depois dos acontecimentos em Kunming, a chinesa Evergrande, um gigantesco império com a atividade dispersa por vários setores, ameaça ruir com o mesmo estrondo, em virtude da mesma bolha imobiliária.

A Evergrande é a empresa mais endividada do planeta (tem uma dívida de 250 mil milhões de euros, ainda assim abaixo da dívida pública portuguesa, que anda à volta dos 270 mil milhões). As suas ações vêm caindo desde 2017, e só este ano já perderam 84% do seu valor. Agora corre o risco de entrar em incumprimento.

O alerta foi dado esta terça-feira pelo próprio CEO_da empresa numa carta aos trabalhadores em que falou de “dificuldades sem precedentes”.

Estaremos a assistir ao início da próxima grande crise global? Todos se lembram de que a de 2007-2008 começou também com endividamento excessivo e a desvalorização do imobiliário, levando à falência da Lehman Brothers.

Ontem já se sentiram os primeiros sinais de pânico nos mercados, com fortes quedas nas bolsas. Uns acreditam que pode haver um efeito dominó; outros acham que esse risco é diminuto. Mas tudo depende do que o que o Governo chinês queira ou não fazer, da decisão de salvar ou não salvar a empresa. Em todo o caso, quando as coisas chegam a este ponto é porque a situação é desesperada.

Provocará a derrocada do império Evergrande um terramoto nos mercados internacionais? Esperemos que não. Nunca crise alguma chegou em boa altura. Mas agora que o mundo tenta ainda sair da pandemia, seria especialmente mau.


Provocará a derrocada da Evergrande um terramoto global?


Três semanas depois dos acontecimentos em Kunming, a chinesa Evergrande, um gigantesco império com a atividade dispersa por vários setores, ameaça ruir com o mesmo estrondo, em virtude da mesma bolha imobiliária.


A 27 de agosto, quinze torres de habitação inacabadas, com mais de 20 andares cada uma, foram demolidas na cidade de Kunming, a capital da província de Yunnan, na China.

Aquilo que estava há cerca de oito anos para ser construído precisou apenas de 4,5 toneladas de explosivos e cerca de 45 segundos para desabar como um castelo de cartas. Na origem da demolição esteve a falência da promotora imobiliária daquele complexo, que não conseguiu que a procura acompanhasse tanta oferta.

Três semanas depois dos acontecimentos em Kunming, a chinesa Evergrande, um gigantesco império com a atividade dispersa por vários setores, ameaça ruir com o mesmo estrondo, em virtude da mesma bolha imobiliária.

A Evergrande é a empresa mais endividada do planeta (tem uma dívida de 250 mil milhões de euros, ainda assim abaixo da dívida pública portuguesa, que anda à volta dos 270 mil milhões). As suas ações vêm caindo desde 2017, e só este ano já perderam 84% do seu valor. Agora corre o risco de entrar em incumprimento.

O alerta foi dado esta terça-feira pelo próprio CEO_da empresa numa carta aos trabalhadores em que falou de “dificuldades sem precedentes”.

Estaremos a assistir ao início da próxima grande crise global? Todos se lembram de que a de 2007-2008 começou também com endividamento excessivo e a desvalorização do imobiliário, levando à falência da Lehman Brothers.

Ontem já se sentiram os primeiros sinais de pânico nos mercados, com fortes quedas nas bolsas. Uns acreditam que pode haver um efeito dominó; outros acham que esse risco é diminuto. Mas tudo depende do que o que o Governo chinês queira ou não fazer, da decisão de salvar ou não salvar a empresa. Em todo o caso, quando as coisas chegam a este ponto é porque a situação é desesperada.

Provocará a derrocada do império Evergrande um terramoto nos mercados internacionais? Esperemos que não. Nunca crise alguma chegou em boa altura. Mas agora que o mundo tenta ainda sair da pandemia, seria especialmente mau.