Mais de 600 pessoas detidas em Moçambique por desobediência

Mais de 600 pessoas detidas em Moçambique por desobediência


Na quinta-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou um agravamento das restrições para prevenção da covid-19, devido ao avançar da terceira vaga, caracterizada por um aumento do número de casos, óbitos e internamentos


A polícia moçambicana deteve 646 pessoas nos últimos sete dias por incumprimento das medidas de prevenção do novo coronavírus impostas no país, anunciou hoje fonte da corporação.

"A polícia tem constatado com bastante inquietação a deliberada, flagrante e recorrente violação das medidas de prevenção da pandemia de covid-19 na vigência da situação de calamidade pública", disse Orlando Modumane, porta-voz do comando-geral da Polícia da República de Moçambique (PRM), durante uma conferência de imprensa em Maputo.

Segundo o porta-voz, entre outras razões, a maioria das detenções ocorreu devido ao consumo de bebidas alcoólicas, realização de eventos sociais ilegalmente e circulação massiva de pessoas fora do horário determinado e sem justificação relevante.

"Se os cidadãos contribuíssem no cumprimento das medidas de prevenção da covid-19, ninguém seria detido", referiu Orlando Modumane.

Na quinta-feira, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou um agravamento das restrições para prevenção da doença, devido ao avançar da terceira vaga, caracterizada por um aumento do número de casos, óbitos e internamentos.

As medidas anunciadas para vigorar durante 30 dias a partir de sábado incluem a proibição de todos os eventos sociais, mesmo os privados, redução significativa de horários do comércio, suspensão do ensino pré-escolar em todo o país e das aulas presenciais nos restantes níveis de ensino em Maputo (área metropolitana), Xai Xai, Inhambane, Beira, Chimoio, Tete e Dondo.

O início do recolher obrigatório noturno recua das 22:00 para as 21:00 (20:00 em Lisboa) e aplica-se a todas as cidades e vilas.