Maçonaria pede investigação a acusações de Lobo Xavier

Maçonaria pede investigação a acusações de Lobo Xavier


Maçonaria pede que o Ministério Público esclareça se as declarações do Conselheiro de Estado de Marcelo Rebelo de Sousa têm fundamento e exige que os prevaricadores sejam punidos caso seja provada a veracidade das mesmas. 


A Maçonaria pediu à Procuradoria-Geral da  República (PGR) que investigue as acusações de Lobo Xavier sobre uma alegada rede maçónica, que conta com políticos e magistrados.

Numa carta dirigida à procuradora-geral da República, Lucília Gago, a que o Nascer do SOL teve acesso, o grão-mestre do Grande Oriente Lusitano, Fernando Lima, pede que o Ministério Público investigue, “até à exaustão”, as declarações proferidas por António Lobo Xavier, “promovendo a punição, se for caso disso, de eventuais prevaricadores”.

Em causa estão as declarações do advogado e Conselheiro de Estado durante a última emissão do programa ‘Circulatura do Quadrado’, na TVI, em que disse ter clientes vítimas de "extorsão" e "perseguição" por parte de uma alegada rede maçónica, de que fariam parte políticos e magistrados.

“Não sabemos se o Sr. António Lobo Xavier denunciou ao Ministério Público os factos de que deu nota pública. (…) De todo o modo, e independentemente daquela que tenha sido a concreta conduta do Sr. Dr. António Lobo Xavier, impõe-se, na defesa do Estado de Direito e da qualidade da nossa Democracia, que o Ministério Público investigue, até à exaustão, o que houver para investigar, promovendo a punição, se for caso disso, de eventuais prevaricadores”, lê-se na referida carta.

“Tal investigação exaustiva e rigorosa, que, por esta via, solicitamos, é também o que se impõe em ordem à defesa do bom-nome e da dignidade de todos aqueles que, sendo maçons, permanecem fiéis aos seus compromissos, lutando, no quotidiano, pela defesa da Lei, da Democracia e do Estado de Direito”, acrescenta.

Recorde-se que os comentários de Lobo Xavier surgiram na sequência da proposta legislativa do PSD e do PAN para obrigar deputados e titulares de cargos públicos a declarar no seu registo de interesses, se pertencem a associações e organizações "discretas" como a maçonaria e Opus Dei.