TAP propõe aumento de capital de 6,97 milhões na Groundforce

TAP propõe aumento de capital de 6,97 milhões na Groundforce


Esta solução, que permitirá pagar os 2400 salários em atraso, daria à TAP o controlo da empresa, reduzindo a participação de Alfredo Casimiro.


O impasse na Groundforce pode ter uma solução: a TAP propõe-se realizar um aumento de capital de 6,9 milhões de euros, em vez de se optar por um adiantamento de serviços a prestar pela empresa de handling. Esta solução foi apresentada por carta assinada por Miguel Frasquilho e Ramiro Sequeira a que o i teve acesso. No entanto, Alfredo Casimiro, accionista maioritário da Groundforce, tem de aceitar esta proposta. Se não acompanhar esta operação, ficará a TAP como acionista maioritário. Recorde-se que atualmente a empresa de handling tem 500 mil euros de capital. A realizar-se este aumento passará a ter aproximadamente 7,5 milhões de euros.

“O valor em causa será disponibilizado pelo Grupo TAP à SPdH, não a título de adiantamento do pagamento de serviços a prestar pela SPdH à TAP, mas através de um aumento do capital social da SPdH, de €500.000,00 (quinhentos mil euros) para €7.470.000,00 (sete milhões, quatrocentos e setenta mil euros), mediante a subscrição de 697.000 (seiscentas e noventa e sete mil) novas ações ordinárias a emitir com o valor nominal de €10,00 (dez) euros cada, a realizar por novas entradas em numerário, e a subscrever integralmente por uma empresa do Grupo TAP (o “Aumento de Capital SPdH”)”, lê-se na carta.

O presidente do Conselho de Administração e o presidente da Comissão Executiva explica o que levou ao impasse: “Recordamos que este impasse resultou do facto de V. Exas. nos terem transmitido, no passado dia 8 março de 2021 (já numa fase final das negociações, apesar das várias interações tidas anteriormente sobre o assunto), que não podiam, na data de celebração dos instrumentos contratuais inerentes à concessão do Adiantamento, prestar as declarações e garantias previstas nesses instrumentos contratuais relativamente à promessa de penhor de ações detidas pela Pasogal, SPGS, S.A. (a “Pasogal”) no capital social da SPdH” a favor da TAP promessa de penhor de equipamentos da SPdH também a favor da TAP.

A mesma carta diz ainda que “com a confirmação escrita do acordo da Pasogal [holding de Alfredo Casimiro] e da SPdH [Groundforce] à presente carta (e respetiva assinatura) e a assunção, pelas mesmas, dos compromissos aqui previstos, o Grupo TAP irá desencadear as diligências de notificação, pré-notificação, comunicação e/ou de pedido de autorização, consoante aplicável, da operação de aumento de capital (…) com a maior brevidade possível”.

Recorde-se que esta é a solução apresentada depois de vários impasses entre a TAP, Governo e Groundforce. Neste momento, não foram pagos os salários de fevereiro na totalidade a perto de 2400 trabalhadores.